Ação Civil Pública exige que a Secretaria de Saúde apresente plano de contingência capaz de manter o pleno funcionamento dos leitos da UTI Neonatal do HRT

Na ação, a Prosus solicita que, em cinco dias após a ordem judicial, a SES apresente e implemente um plano de contingência capaz de manter o pleno funcionamento dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, evitando o fechamento por falta de pessoal. O plano também deve assegurar profissionais técnicos habilitados em número suficiente para cobrir os plantões até a normalização do serviço no HRT. Em caso de descumprimento, o MPDFT requer a fixação de multa diária de R$ 10 mil por dia de atraso injustificado.
A Promotoria destaca que a situação não é um evento isolado, “mas um estado de desconformidade contínua na prestação de um serviço público essencial decorrente de falhas organizacionais e omissão prolongada do Poder Público". A ACP aponta que o déficit de neonatologistas “alcançou patamares críticos, ocasionando fechamento de leitos de UTI Neonatal e risco concreto de desassistência a recém-nascidos, com potencial ocorrência de óbitos evitáveis”.
A SES já havia sido alertada sobre a situação. Em 15 de outubro deste ano, a Prosus se reuniu com a pasta e pediu um plano emergencial, que não foi executado. A Promotoria, então, oficiou a Secretaria, que pediu mais 30 dias para responder. O prazo foi considerado incompatível com a urgência do hospital.
A ação pede tramitação prioritária, considerando o envolvimento de crianças recém-nascidas, e antecipa que esse seria o primeiro passo para a necessária reestruturação do serviço de neonatologia. O HRT é um dos quatro hospitais públicos responsáveis por partos de alto risco e o de maior demanda dentre eles.
Sobradinho

Foram identificados avanços na organização dos leitos de retaguarda, mas há necessidade urgente de melhorias estruturais, que dependem de reformas prediais sob responsabilidade da SES. A medida também consta em relatório de inspeção da Vigilância Sanitária do DF.
O HRS informou que será estabelecido um prazo para atender às exigências da Vigilância Sanitária. Também se comprometeu a apresentar dados que garantam o caráter estritamente transitório dos leitos de retaguarda, evitando que as crianças permaneçam nessas áreas por período prolongado. A equipe técnica da Prosus produzirá um relatório de inspeção, que será encaminhado para à SES para providências.

“O HRS é hoje um exemplo positivo dentro da rede. A inspeção serviu para estabelecer parâmetros que evidenciam o contraste com a realidade dos outros três hospitais da SES que também atendem partos de alto risco (HMIB, HRC e HRT)”, concluiu o promotor de justiça Vinícius Bertaia, da Prosus.
Acesse aqui a íntegra da ACP.
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