O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram nesta terça-feira, 28 de novembro, a operação Shot Caller. A ação teve o objetivo de desarticular as atividades de rua da maior facção criminosa em atuação, denominada Comboio do Cão, que atua fora e dentro dos presídios do Distrito Federal. O grupo é conhecido pelo histórico de alta periculosidade e, mesmo com suas lideranças presas, buscou a reposição de suas funções nas ruas do DF.
A operação, que foi organizada pelo Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal e pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri/MPDFT), atinge integrantes em liberdade e em articulação para os ganhos da Organização, além de lideranças presas que permanecem em atividade delinquente.
Essa é a quarta grande Operação realizada em trabalho conjunto do MPDFT e PCDF contra o Comboio do Cão, em combate direto aos crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubo, porta ilegal de arma de fogo praticados pelo grupo. Desde 2019, já são mais de cem indivíduos processados e presos por integrar a Facção Criminosa, o que colaborou para interromper as ações violentas do grupo nas ruas do Distrito Federal.
Na operação de hoje, que contou com o acompanhamento de membros e servidores do MPDFT, foram cumpridos 22 mandados judiciais de prisão temporária, além de 35 mandados de busca e apreensão, sendo dois destes contra advogados investigados por participar das atividades da Organização.
De acordo com os promotores do Nupri, a ação demonstra a força do Estado no combate ao crime organizado. “É resultado da união institucional entre Polícia Civil e Ministério Público. As operações contra as principais facções criminosas em atuação no DF irão continuar, evitando suas pretensões de domínio territorial, as ações violentas em guerra contra outras organizações e planos de atentados contra o Poder Público”, pontua.
Cerca de 250 policiais civis realizaram as diligências, que ocorreram em várias regiões do Distrito Federal e em endereços do entorno de Goiás. Também participaram as Divisões de Operações Especiais e de Operações Aéreas da PCDF, com duas aeronaves e busca ativa com cães.
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