Promotora de justiça representou a instituição em evento que discutiu efeito copycat e diretrizes para um viés mais protetivo
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) participou, na manhã desta quinta-feira, 18 de dezembro, de um encontro com a imprensa realizado pela Secretaria de Segurança Pública. O evento teve como objetivo apresentar resultados da atuação de um Grupo de Trabalho interinstitucional. O colegiado é composto por representantes do MPDFT, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e da SSP. O secretário de segurança pública, Sandro Avelar, e integrantes de sua equipe também participaram do encontro.
A apresentação foi conduzida pela promotora de justiça Gabriela Gonzalez, pela juíza Fabriziane Zapata, a defensora pública Rafaela Ribeiro Mitre e o delegado Marcelo Zago, coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios . O evento ocorreu no Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB) e buscou incentivar o debate sobre a comunicação social como ferramenta de prevenção ao feminicídio.
Pesquisa

A investigação analisou 925 registros de feminicídios no Distrito Federal, ocorridos entre março de 2015 e abril de 2025 (230 casos consumados e 695 tentados). O objetivo foi verificar a hipótese de que a divulgação ampla de feminicídios consumados poderia influenciar o aumento de ocorrências nos períodos subsequentes.
Os resultados apontam um aumento médio de 13,45% nos casos tentados nos três meses posteriores aos picos de feminicídios consumados. Embora a variação observada não tenha significância estatística, os indícios reforçam a necessidade de cautela e de metodologias multidisciplinares para a compreensão da dinâmica criminal.
Conforme o estudo, a ampla exposição de crimes violentos, quando realizada de forma inadequada, pode servir de estímulo para que indivíduos suscetíveis repliquem padrões de violência. Por outro lado, a pesquisa ressalta a importância de práticas jornalísticas que priorizem informações sobre canais de denúncia e a rede de proteção e evitem a dramatização dos fatos.
Segundo a promotora de justiça Gabriela Gonzalez, a parceria com os veículos de comunicação é vital para o enfrentamento da violência contra a mulher. 'O estudo indica que a mídia possui um poder pedagógico que vai além da informação: ela pode exercer um efeito protetor na sociedade. Quando o jornalismo destaca a rede de apoio e a punição aos agressores, ele atua de forma protetiva. Essa troca produtiva com os comunicadores do DF é essencial para que a notícia sirva como barreira à violência, e não como estímulo ", finalizou.”
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