Equipe do Nuav homenageou, ainda, profissionais do Instituto Médico Legal pelo apoio à iniciativa de acolhimento às vítimas de crimes violentos

Participaram do encontro as coordenadoras do Nuav, promotoras de justiça Jaqueline Gontijo e Thaís Tarquínio, e a assessora Mariana Badawi, que entregaram certificado e troféu de reconhecimento à diretora do IML, Márcia Cristina Barros, e à agente de polícia Alessandra Barreto, em razão do apoio contínuo ao projeto. De acordo com a promotora de justiça Jaqueline Gontijo, “o Instituto Médico Legal é a principal porta de entrada do Amparar e tem papel decisivo para assegurar que familiares de vítimas de crimes violentos recebam acolhimento precoce, qualificado e humanizado”.
Segundo Jaqueline, a entrega do certificado e do troféu simboliza o reconhecimento do Nuav pelo trabalho cuidadoso e essencial desenvolvido pelos profissionais do Instituto. “A parceria garante encaminhamentos ágeis, informações precisas e acolhimento inicial fundamental para o sucesso do atendimento às vítimas”, destacou.
A promotora de justiça adjunta Thaís Tarquínio também ressaltou que a cooperação interinstitucional, centrada na pauta das vítimas, ressignifica o trabalho dos órgãos que integram o sistema de justiça. Segundo ela, a atuação conjunta amplia a esperança, agrega valor ao atendimento e fortalece o exercício da empatia.
Acolhimento humanizado
O Projeto Amparar tem como objetivo oferecer acolhimento humanizado, escuta qualificada e apoio psicossocial e jurídico às vítimas diretas e indiretas de crimes violentos. A iniciativa concentra esforços, especialmente, em casos de tentativa de feminicídio e crimes com resultado morte, como homicídios e sinistros de trânsito fatais.
O atendimento segue um fluxo estruturado e centrado na dignidade da vítima. Após o recebimento do caso, seja pelo IML, pelas promotorias ou por projetos parceiros, a equipe multidisciplinar realiza contato ativo com a vítima ou familiares e oferece acolhimento presencial ou virtual. No primeiro atendimento, é feita escuta qualificada, com comunicação não violenta e respeito ao relato livre, sem imposição de revivência dos fatos.
Na sequência, são avaliados fatores de risco, necessidades, vulnerabilidades, além de se verificar como ocorreu o contato da vítima com o sistema de justiça. A equipe orienta sobre direitos e etapas processuais e elabora um plano de atenção personalizado, com encaminhamentos à rede de proteção, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), clínicas, programas governamentais e Promotoria Natural. Além disso, também é feito um acompanhamento contínuo para garantir que o suporte seja efetivo, seguro e integrado.
Atuação integrada
O relatório entregue ao IML reúne dados que demonstram o impacto da parceria entre as instituições: 287 casos registrados, sendo 157 oriundos do IML; 100% de satisfação entre as vítimas que responderam à pesquisa; 96,4% passaram a compreender melhor o papel do Ministério Público; mais de 150 encaminhamentos efetivos à rede, incluindo atendimentos psicológicos, psiquiátricos, programas governamentais, serviços psicossociais e práticas restaurativas.
Além dos indicadores quantitativos, o documento destaca relatos que traduzem o alcance humano do Amparar. Entre as falas registradas estão: “Cada vez que falo com vocês, meu coração alivia”; “Eu nunca senti que tinha um espaço para falar sobre isso, mas agora eu tive com vocês”; e “Fui acolhida com muita empatia e afeto”.
Para a promotora de justiça Thaís Tarquínio, “os depoimentos reforçam que o projeto não se limita à orientação institucional, mas promove acolhimento, humanização e suporte real no processo de reconstrução após a violência”. “Os números evidenciam que a atuação integrada entre Nuav e IML é determinante para o sucesso do projeto e para a efetividade do cuidado oferecido às vítimas e familiares”, completa a promotora de justiça Jaqueline Gontijo.
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