Ferramenta padronizada agiliza atuação da rede e fortalece o cuidado com vítimas de violência

Participaram da reunião representantes das instituições parceiras em um encontro marcado pela escuta qualificada e pelo fortalecimento da atuação em rede. A promotora de justiça Camila Costa Britto, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (Nevesca), apresentou a nova versão dos documentos, elaborada a partir das sugestões enviadas pelos conselheiros tutelares do DF.
“A proposta foi transformar formulários descritivos em instrumentos estruturados, objetivos e completos. Os novos modelos são resultado direto da escuta ativa dos profissionais que estão na ponta e representam um grande avanço construído a muitas mãos”, afirmou a promotora. Ela também agradeceu a dedicação dos conselheiros tutelares, destacando a importância das contribuições mesmo em meio à intensa rotina de trabalho e ao recente período eleitoral da categoria.
Os aprimoramentos contemplam dois documentos estratégicos. O primeiro, voltado à coleta de dados sensíveis, passou por uma reestruturação. Agora, inclui campos específicos para nome social, identidade de gênero, raça/cor e vulnerabilidades interseccionais – como deficiência, transtorno do espectro autista ou pertencimento à comunidade LGBTQIA+. Também foram adicionados itens sobre verificação da caderneta de vacinação e identificação de testemunhas, com garantia de sigilo.

Além disso, a nova estrutura inclui listas para análise de risco e proteção, permitindo identificar rapidamente fatores de vulnerabilidade e redes de apoio. Por fim, uma seção específica foi incorporada para o registro e solicitação de medidas protetivas de urgência, conforme previsto na Lei Henry Borel (Lei nº 14.344/22), como o afastamento do agressor do convívio familiar e a proibição de aproximação da vítima, agilizando a tomada de decisões em situações de grave ameaça.
O encontro contou com a presença de conselheiros tutelares, da delegada titular da DPCA, Débora de Albuquerque Couto, da coordenadora do Centro 18 de Maio, Joana Dar’c, e da assessora do Nevesca, Fabiana Vial. Ao final da reunião, o MPDFT reiterou seu apoio aos conselhos tutelares na implementação dos novos formulários, que devem se tornar padrão no Distrito Federal, promovendo maior eficiência e uniformidade no atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência.
A iniciativa integra as ações da Comissão de Estudos instituída pela Portaria PGJ nº 735/2024, responsável por planejar e articular medidas de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, em conformidade com a Resolução CNMP nº 287/2024.
Clique aqui para acessar o formulário sobre dados sensíveis.
Clique aqui para acessar o relatório dos procedimentos.
Secretaria de Comunicação
(61) 3343-9601 / 3343-9220 / 99303-6173
facebook.com/mpdftoficial
twitter.com/mpdft
youtube.com/mpdftoficial
instagram.com/mpdftoficial