Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Do abrigo à autonomia: projeto transforma trajetórias de jovens

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Iniciativa do MPDFT e Fiocruz Brasília promove protagonismo, redes de apoio e políticas públicas para jovens em acolhimento institucional no Distrito Federal

Cada passo rumo à vida adulta carrega sonhos, incertezas e desafios. Para jovens que cresceram em unidades de acolhimento, esse caminho costuma ser ainda mais complexo. Como garantir autonomia, pertencimento e oportunidades reais quando o suporte institucional chega ao fim? É para responder a perguntas como essa que nasceu o projeto “Territórios da Construção de Si”, uma iniciativa pioneira, fruto da parceria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Fiocruz Brasília, que transforma histórias individuais em experiências coletivas de cuidado, liberdade e reconstrução de trajetórias.

Lançado em 2021, o projeto atua como uma pesquisa-ação participativa voltada a adolescentes e jovens de 14 a 21 anos que vivem ou viveram em acolhimento institucional no Distrito Federal. O objetivo é simples, mas potente: criar caminhos mais humanos e eficazes para o processo de desinstitucionalização, garantindo que ninguém trilhe esse percurso sozinho e que a passagem para a vida adulta seja acompanhada de suporte e oportunidades reais.

Para isso, o projeto aposta em uma metodologia que une escuta ativa, produção de conhecimento e articulação em rede. Por meio de oficinas, rodas de conversa, vivências artísticas, intervenções em campo e pesquisas participativas, os próprios jovens são convidados a atuar como protagonistas, narrando suas trajetórias, refletindo sobre seus direitos e ajudando a construir soluções que dialoguem com suas realidades.

O projeto nasce da parceria entre o MPDFT, por meio da Promotoria de Justiça Cível e de Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e Juventude, e a Fiocruz Brasília, por intermédio do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Nusmad). Essa cooperação permite articular diferentes frentes — saúde, assistência social, educação, cultura e trabalho — para oferecer suporte integral aos jovens em processo de desligamento institucional.

Na prática

Além das atividades no território, o projeto deu um passo importante, em 2024, com a criação de um Conselho Consultivo. O grupo reúne especialistas, representantes de instituições públicas e pesquisadores para acompanhar as ações, ampliar o debate público e fortalecer a construção coletiva de políticas. A iniciativa reforça o compromisso com uma abordagem intersetorial, que entende que o cuidado com esses jovens precisa ultrapassar as fronteiras institucionais.

As metas são ambiciosas: estruturar um programa piloto de desinstitucionalização, fortalecer redes de apoio, estimular a autonomia e contribuir para a formulação de novas políticas públicas que possam ser replicadas em outros contextos do país. “Na prática, isso significa transformar histórias marcadas pela institucionalização em caminhos de liberdade, pertencimento e dignidade”, explica a promotora de justiça Luísa de Marillac.

Na prática, o projeto tem atuado diretamente nos territórios, fortalecendo vínculos com os jovens e ampliando o alcance das ações por meio de iniciativas concretas. Oficinas temáticas, rodas de conversa e atividades de formação têm sido realizadas de forma contínua, criando espaços de escuta ativa e diálogo horizontal. Nesses encontros, os participantes compartilham experiências, identificam desafios e constroem coletivamente estratégias para o futuro.

Uma das frentes mais importantes é a articulação com políticas públicas e serviços já existentes, garantindo que cada jovem tenha acesso a direitos básicos como moradia, educação, saúde e oportunidades de trabalho. Além disso, são feitas mobilizações com gestores e profissionais da rede de proteção para alinhar fluxos, construir parcerias e promover uma atuação integrada, capaz de acompanhar os adolescentes para além do acolhimento institucional.

O projeto também desenvolve ações formativas voltadas a profissionais que lidam com essa população, estimulando uma mudança de olhar e práticas mais sensíveis, que reconheçam a singularidade de cada trajetória. “A ideia é que a transição para a vida adulta seja acompanhada por uma rede sólida e comprometida com o cuidado, e não apenas por medidas burocráticas”, reitera a promotora de justiça.

Outro destaque está na produção de conhecimento: os aprendizados e experiências acumulados no campo têm gerado relatórios, reflexões e subsídios para a formulação de políticas públicas mais humanas e efetivas. Assim, cada passo dado com os jovens se transforma também em um passo coletivo na construção de novos caminhos para a desinstitucionalização no Distrito Federal.

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