Investigação revelou esquema interestadual. Rede criminosa usava transportadoras, ônibus e até distribuidoras de bebidas
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta quinta-feira, 18 de setembro, 50 integrantes de uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com atuação no DF e em outros estados. O caso faz parte da investigação conjunta da 3ª Promotoria de Entorpecentes, da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), com apoio da Polícia Civil de Goiás e de Rondônia, e resultou na Operação Irmãos, deflagrada em 8 de julho.
As investigações apontaram que traficantes de Samambaia adquiriam grandes quantidades de drogas de fornecedores de Rondônia. As substâncias eram enviadas para Goiânia por transportadoras, veículos particulares e passageiros de ônibus, sendo armazenadas temporariamente em residências. Em seguida, integrantes do grupo no DF viajavam de carro até a capital goiana para buscar a droga e revendê-la no Distrito Federal.
Na capital federal, o material era distribuído para traficantes que atuavam no varejo. “O detalhamento dessa logística foi exposto e demonstrado nos quase dois anos de investigação e, principalmente, nas seis prisões em flagrante realizadas durante esse período”, afirma a Promotoria de Entorpecentes. No período da investigação, foram apreendidos mais de R$ 4 milhões em drogas.
Segundo a Promotoria de Entorpecentes, os criminosos mantinham uma rede articulada: “eles tinham um grupo bem coeso. Por exemplo, tinha um que se fazia de policial em grupos de WhatsApp para verificar eventuais ações policiais com antecedência. Outro, fazia a montagem das drogas nos veículos para o envio de entorpecentes para o DF. Usavam distribuidoras de bebidas para a venda de drogas”.
As apurações conduzidas pela Cord, da Polícia Civil do DF, utilizaram informações de inteligência e denúncias anônimas, ratificadas por vigílias policiais, registros audiovisuais, interceptações telefônicas, telemáticas e de dados, interceptação ambiental, informações bancárias do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), dados cadastrais e diligências em campo.
Representantes do MP destacaram o trabalho conjunto. “Foi mais um trabalho realizado com muita gente envolvida e que gerou resultado eficiente. Com o desmantelamento completo de grandes grupos criminosos, atuamos continuamente para que eles não voltem a operar. Como consequência, quebramos o tráfico de drogas da região”, afirmaram.
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