Iniciativa promove aproximação entre jovens e Ministério Público com visitas a promotorias, conversas sobre cidadania e incentivo à educação

Na tarde desta terça-feira, 29 de abril, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recebeu estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 de Brasília e do CEF 01 do Cruzeiro. A visita fez parte da terceira edição da ação “Promotor por um Dia", que proporciona a crianças e adolescentes uma imersão no funcionamento da instituição, com diálogos sobre cidadania, ética e o papel do Ministério Público na sociedade.

Durante a programação, os jovens visitaram salas de promotorias, conheceram promotores de justiça e servidores, e aprenderam mais sobre as diversas áreas de atuação do MPDFT. Na abertura do evento, o procurador-geral de justiça, Georges Seigneur, relembrou sua época escolar e destacou a missão institucional do MP em zelar pelos direitos da sociedade.

“Quando eu estava nessa fase escolar, a gente tinha acabado de conquistar a Constituição de 88. Isso nos enchia de sonhos. A Constituição existe para garantir que nossos direitos sejam respeitados, não apenas de alguns, mas de toda a sociedade. Essa é a missão do Ministério Público. Vocês são a sociedade que está sendo construída. Podem contar comigo e com esta instituição sempre”, pontuou Georges Seigneur. 

Também participaram da abertura o vice-procurador-geral de justiça institucional, Antônio Dezan, o chefe de gabinete, procurador de justiça Nísio Tostes, o ouvidor, promotor de justiça Flávio Milhomem, e os promotores de justiça Luciana Asper, Fernanda Molyna, Adalgiza Aguiar, Jaqueline Gontijo, Marcel Marques, Pedro Luna, Polyanna Silvares, Eduardo Gazzinelli, Luciana Medeiros, Luciana Bertini e Flaviane de Araujo. Cada um falou brevemente sobre sua área de atuação, incentivando os jovens a estudarem e acreditarem em seu potencial.

Após a recepção inicial, os estudantes foram divididos em grupos para visitas temáticas a núcleos e promotorias específicas. Eles conheceram a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema), a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), a Ouvidoria, a Secretaria-Geral, a Chefia de Gabinete, os Núcleos de Direitos Humanos (NDH) e o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri). Um dos grupos também visitou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Na Ouvidoria, os estudantes participaram ativamente, fazendo perguntas e interagindo com o ouvidor. Queriam entender melhor o papel do setor e a função de um ouvidor.

“A Ouvidoria atende à população, recebe denúncias e reclamações e as encaminha para as promotorias especializadas, como vocês viram aqui com as servidoras. Agora, se uma autoridade quiser saber quem é o responsável pela Ouvidoria, sou eu, o ouvidor. Todos os MPs estaduais têm um ouvidor, e a cada três meses nos reunimos para trocar experiências e buscar melhorias no atendimento”, explicou Flávio Milhomem.

No Gaeco, a participação feminina foi destacada: “Dos seis promotores de justiça que atuam aqui, duas são mulheres, além das servidoras que integram a equipe”, ressaltou o promotor de justiça Marcel Marques. Os alunos puderam visitar as salas de trabalho, a sala de evidências e compreender melhor o processo de investigação dentro do MP.

Ester Rodrigues, do 9º ano  do CEF 01 do Cruzeiro, comentou que nunca tinha pensado que em algum momento poderia ter essa vivência: “Gostei porque entre as áreas sorteadas para visitação, fiquei na que mais gosto, a das pessoas que resolvem crimes. Nunca imaginei entrar aqui, estou até cogitando vir novamente se tiver a oportunidade”. 

As meninas que foram para o NDH enfatizaram os novos aprendizados adquiridos. “Descobrimos vários direitos que temos e nem sabíamos. São coisas que o Estado é obrigado a garantir, e os promotores e procuradores trabalham para isso”, compartilhou Débora Rodrigues, 9º ano do CEF 01 do Cruzeiro. Já Lívia, do 6º ano, comentou sentir uma mistura de sensações: "Quero ser advogada criminal. Achei tudo muito interessante, aprendi coisas que nunca tinha aprendido. Não sei nem explicar o que estou sentindo. Os promotores tratam as pessoas com muito carinho. Eu achava que eles faziam outra coisa, mas agora entendo um pouquinho mais”.

Ao final do evento, os grupos se reuniram novamente no auditório, receberam brindes e compartilharam as vivências do dia. A promotora de justiça Luciana Asper encerrou a atividade com uma mensagem sobre a importância de estudar e cultivar boas relações. A promotora de justiça Fernanda Gontijo destacou o poder de influência dos jovens: “Hoje trouxemos vocês para conhecer uma das muitas possibilidades de carreira. Espero que entendam o papel de influenciadores que já exercem com a família e com os amigos. Quero que vocês pensem no que existe de bom dentro de cada um e possam brilhar pelo nosso país”.

Promotor por um dia

O projeto é uma iniciativa educativa e formativa, que oferece aos estudantes que se destacam durante a aplicação do projeto NaMoral, uma imersão no funcionamento do Ministério Público. Por meio de experiência na rotina das Promotorias de Justiça, o projeto permite que os jovens explorem o papel do promotor na promoção da justiça reforçando os valores de cidadania e ética abordados pelo NaMoral. Além disso, promove um espaço para reflexões sobre integridade e justiça, por meio de rodas de conversa, palestras com promotores e outras atividades interativas.

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