O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Gabriela Gonzalez Pinto
Promotora de justiça do MPDFT
O feminicídio, em sua face mais brutal, é a manifestação extrema de uma estrutura social que, historicamente, tolera e normaliza a violência de gênero. A violência contra a mulher não é um fenômeno isolado e repentino; ela é um contínuo, uma "espiral da violência" que frequentemente começa de forma sutil, com ciúmes, controle e ameaças, e culmina na tragédia. É crucial, portanto, que o sistema de justiça não apenas reaja ao crime consumado, mas atue de maneira estratégica e antecipada para interromper esse ciclo. O Legado Patriarcal e a Luta por uma Vida Livre de Violência.
Fabiana Costa Oliveira Barreto
Conselheira nacional do CNMP e promotora de justiça do MPDFT
Gabriela Gonzalez Pinto
Promotora de justiça do MPDFT
A violência contra a mulher, em especial o feminicídio, não é apenas uma questão jurídica ou de segurança pública. Ela se configura também como um fenômeno cultural, social e comunicacional. A forma como a sociedade recebe e interpreta a notícia de um feminicídio influencia diretamente o comportamento coletivo e pode, em muitos casos, tanto estimular novas ocorrências quanto preveni-las. Nessa perspectiva, a imprensa se torna um ator central no enfrentamento dessa grave violação de direitos humanos.