O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Fabiana Costa Oliveira Barreto
Promotora de justiça, conselheira do CNMP, e presidente da Comissão de Prevenção e Combate ao Feminicídio do MPDFT
O feminicídio, forma mais cruel e injustificável da violência contra a mulher, é o resultado de um ciclo opressor que muitas vezes começa de modo silencioso — ciúmes excessivos, isolamento social, controle financeiro e agressões verbais — e evolui até o crime letal. Os números alarmantes de casos no país decorrem de múltiplos fatores: o medo das vítimas de denunciar, a falta de acesso à informação sobre mecanismos de proteção e a omissão de pessoas próximas, que presenciam a violência e não intervêm. Não há dúvidas de que esses elementos contribuem para a a perpetuação do ciclo da violência doméstica e para os desfechos trágicos.
Flávio Milhomem
Promotor de justiça e ouvidor do MPDFT
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, publicação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam um aumento de 9% na proporção de mortes provocadas por policiais em relação ao total de mortes violentas intencionais nos últimos dez anos.