O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Newton Cezar Valcarenghi Teixeira
Promotor de Justiça do MPDFT
Se você tivesse uma empresa, contrataria para administrá-la alguém condenado por furto, corrupção, formação de quadrilha ou improbidade administrativa, ainda que a decisão estivesse pendente de recurso? A lógica deixa antever que a resposta ao questionamento é NÃO. A exceção fica por conta das almas generosas que acreditam que todos merecem uma segunda chance, ou dos desavisados que não se deram ao trabalho de pesquisar a vida pregressa do candidato.
Paulo José Leite Farias
Promotor de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do MPDFT
Do ponto de vista filosófico, a questão dos direitos dos animais encontra raízes na teoria utilitarista de Bentham, que postulava no sentido de que, embora possam divergir do interesse do ser humano, os interesses dos animais devem ser igualmente respeitados. Assim, também se baseava na convicção de que os animais são entes sensitivos capazes de sofrer. Outrossim de que há obrigações recíprocas entre homens e animais. Esses princípios foram expressos, mais recentemente, pelo filósofo australiano Peter Singer, em Animal Liberation. Para Singer, o “princípio da igualdade” (na sua concepção de não discriminação) dos seres não se restringe aos humanos; trata-se de obrigação de como se devem tratar os seres em geral como merecedores de iguais preocupações. Em resumo, para Singer, há paralelo entre o racismo, a discriminação sexual e o antropocentrismo, por isso sua obra está centrada na “libertação dos animais da dominação humana” (Animal liberation). Nesse sentido, Singer afirma que o uso de animais em experiências clínicas e em testes de produtos constitui contradição lógica: julgamos aceitável sujeitar os animais a experiências dolorosas que não infligiríamos aos seres humanos porque os animais não são iguais a nós, mas, por outro lado, consideramos essas experiências cientificamente válidas porque os animais são iguais a nós.