O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Antonio Henrique Graciano Suxberger
Promotor de Justiça do MPDFT
Resumo
Trata-se de artigo científico que pretende abordar a compreensão da prisão preventiva decretada para assegurar a execução de medida protetiva de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. A partir de uma revisão das caracteríticas e hipóteses ensejadoras da prisão preventiva para garantia da ordem pública, pretende-se sustentar uma interpretação conjugada do inciso IV do artigo 313 do Código de Processo Penal, para compreendê-lo a partir da necessidade de interpretação conjunta com as razões ensejadoras da prisão preventiva. Para tanto, buscam-se vetores interpretativos para os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher nas convenções internacionais de que o Brasil é signatário, na Constituição e na Lei 11.340 de 2006, esta última conhecida como Lei Maria da Penha.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Quer dizer que somos todos uns criminosos, que apenas se diferenciam uns dos outros dentre os que já e os que ainda não cometeram seus delitos? Ou que somos especialistas em determinadas infrações e se horrorizam com outras mais (parece que estelionatário odeia sangue e ladrão não tolera estupro)? Que o sentimento moral não passa de paúra do opróbrio pela humilhação pública que a Lei proporciona a seus detratores? Que o Tribunal do Remorso não é mais do que alívio frustrado, o prelúdio da depressão, do rancor, da demência?