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Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Laura Beatriz Rito
Promotora de Justiça
Em todos os países do mundo, a cada ano, acontecem acidentes de trânsito que representam um sério problema mundial de saúde pública. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram uma mortalidade anual de quase 1,2 milhão de pessoas, vítimas do trânsito, sendo que outros 50 milhões são lesionadas, muitas definitivamente. Aproximadamente 85% dos óbitos por acidentes de trânsito ocorrem em países de baixa e média renda, com perdas anuais de 1% a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), com gastos relacionados aos acidentes de trânsito. Em que pensem as estatísticas assustadoras sobre as trágicas conseqüências do flagelo no trânsito, a segurança das vias públicas não recebe a adequada atenção das autoridades responsáveis pelo setor, seja em nível nacional ou internacional. Como razões podemos destacar a falta de consciência coletiva, a carência de informações sobre a real grandeza do problema e seus impactos nos custos médicos, sociais e econômicos dos países.
Ivaldo Lemos Júnior
Promotor de Justiça do MPDFT
Venho a esta tribuna para falar sobre “dignidade da pessoa humana” (DPH), e se usarei o exemplo dos homossexuais é porque o tema me fora sugerido quase que espontaneamente. Não fui bem compreendido no artigo “Crime de homofobia: o Estado sou eu”, aqui publicado, e causei reações cheias de preconceitos contra mim em razão – ou a despeito – disso. Essa reação somente fez confirmar a tese nuclear, a de que alguns preconceitos são válidos e outros não, a depender de quem estiver a postos para controlar ou mudar as leis penais vigentes. Ou seja, a depender de poder político. Confesso, porém, uma acusação que não me foi feita: certo preconceito contra a burrice. Não jogo sujo: se criticar um gay burro, o farei por sua burrice, não por sua gayzice. Sem a premissa de que as minhas premissas foram ao menos compreendidas, todo o “debate” que se seguir não passa de demonstração ritualizada de fúria e estupidez.