O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Júnior
Promotor de Justiça
O filme Pequena Miss Sunshine conta uma história privada que reagita duas categorias de pessoas muito faladas na cultura americana: os winners (vencedores) e os losers (perdedores). O pai, obcecado pelo sucesso, inventa um programa para se produzir vencedores na vida – que é, em verdade, um tremendo fiasco. O filho, um adolescente esquisito, o tio, um homossexual atormentado, e o avô doidão acabam se revelando pessoas sensíveis e solidárias. As reviravoltas do filme mostram que as coisas não são assim tão simples; que vencedores são também losers e vice-versa. A cena final, com a família junta, em uma exibição de dança ao mesmo tempo grotesca e corajosa, resume isso.
Diaulas Costa Ribeiro
Doutor e pós-doutor em direito,professor universitário,promotor de justiça
O anterior procurador geral da República sustentou que o preceito constitucional da inviolabilidade da vida depende de definição do momento em que ocorre o início dessa mesma vida; defendeu que há vida humana “na e a partir da fecundação”, quando ocorre a fusão genética entre um óvulo e um espermatozóide, retomando discussão que remonta a Santo Agostinho e Santo Thomaz de Aquino. Convencido dessa tese, promoveu Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005), aprovada pelo Congresso Nacional após expressiva participação popular, que autoriza a pesquisa com células-tronco de embriões congelados em clínicas de reprodução assistida, remanescentes de casais que se submeteram a tratamento de infertilidade. Na ação, o procurador geral pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidisse quando se dá o início da vida, para, então, julgar a (in)constitucionalidade da lei.