Aumento no número de golpes online, incremento de notícias falsas, vazamento de dados pessoais. Os riscos do uso da Internet são inúmeros, bem como seus benefícios. Por isso, em 7 de fevereiro, em mais de 150 países, celebra-se o Dia Internacional da Internet Segura. Porque tão importante quanto estar conectado é estar protegido!
Este ano é a 15° vez que a data é celebrada no Brasil, com o tema "Juntos por uma internet melhor". Conversamos com a analista de TI e palestrante Luciana Freitas, que alerta para a importância da conscientização de crianças, jovens e idosos, pessoas mais vulneráveis, sobre os perigos do mundo online. Desde 2017, nas palestras "Conectados sim, inseguros não", promovidas pelo MPDFT, ela fala ao público jovem de escolas do Distrito Federal a respeito das atividades online que podem colocar nossa segurança em risco, e como evitá-las.
Como surgiu a ideia de falar com o público jovem?
Esse trabalho de conscientização com crianças e jovens começou a partir de um pedido de ajuda à Promotoria de Justiça de Brazlândia, quando uma aluna que trocou nudes com o namorado teve suas fotos espalhadas pela escola, o que se tornou um transtorno tanto para a adolescente quanto para a instituição de ensino. As palestras continuaram sendo promovidas ao longo desses anos, inclusive de forma virtual durante a pandemia de covid-19.
Que tipo de assunto você aborda com esse público em suas palestras?
Esse trabalho de conscientizar sobre os riscos da internet já impactou centenas de jovens no DF. Eu falo para os jovens sobre perigos como mensagens contaminadas, com falsos cupons de promoção, boletos bancários, correntes, sobre pessoas falsas, ou maliciosas, como pedófilos, que estão do outro lado da rede tentando se comunicar com eles. Recomendamos não compartilhar senhas, comentamos sobre o perigo de compartilhar fotos na internet, pois achamos que é seguro compartilhar com os melhores amigos e namorados, mas essas fotos podem tomar outros destinos imprevisíveis, já que, uma vez colocadas na internet, não há mais como removê-las.
Quais são os outros públicos considerados vulneráveis?
Os idosos são muito vulneráveis porque para eles tudo na internet é verdade. Fizemos um trabalho muito interessante na semana do idoso com uma palestra na Promotoria de Justiça de Águas Claras. Outra ação foram as palestras online, quando a diretora da escola pediu a presença dos pais, e é muito importante falar para as próprias crianças e adolescentes, mas os pais precisam também entrar nesse circuito e ajudar nessa prevenção, pois a maioria é analfabeta digital e não tem conhecimento da tecnologia, dos perigos que representa e de como diminuir esses riscos.
O que mais você acredita que possa ser feito para tornar a internet mais segura para todos nós?
Além de conhecer os riscos e tomar os devidos cuidados, parcerias desse tipo, com escolas e os pais, são muito importantes em uma atuação conjunta com as instituições. Mais ações devem ser feitas e o MP tem um papel importante nessa área de prevenção e proteção. Também seria muito bom se fossem criadas políticas públicas, inclusive no sentido pedagógico, de introduzir alguma disciplina nas escolas que ensine a utilizar as tecnologias de forma segura, porque houve um grande foco no acesso à tecnologia, à internet, mas ele foi muito mais rápido do que a alfabetização digital.
Veja abaixo o que você pode fazer para se proteger na internet:
- Não utilize a mesma senha para todos os aplicativos e serviços; escolha uma senha diferente, se possível que mescle letras, números e caracteres especiais, para cada conta;
- Restrinja permissões em arquivos compartilhados;
- Evite usar wifi de locais públicos para manusear dados como senhas de banco;
- Sempre suspeite de e-mails que contenham links para download de arquivos;
- Sempre saia da sua sessão de banco on-line quando finalizar o uso;
- Sempre que realizar compras online, confira se o endereço da loja que aparece no navegador é o oficial;
- Somente baixe aplicativos em lojas oficiais, como Google Play e App Store;
- Monitore as atividades de sua conta bancária e avise o banco quando suspeitar que algo está errado.
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