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Viver e ser egresso dos serviços de acolhimento

A desinstitucionalização de jovens e adolescentes é um desafio complexo que exige mais do que a simples transição de um ambiente de acolhimento para a vida independente. Requer a superação de dificuldades individuais e estruturais e a construção de uma cidadania plena.

Para que o processo de desinstitucionalização seja bem-sucedido, é necessário implementar estratégias que alcancem os gestores locais e articulem com organizações aptas a consolidar serviços. Além disso, é essencial diversificar as estratégias, tais como: saúde integral, educação, trabalho e renda para preparar os adolescentes de forma contínua e gradativa. A ampliação da visibilidade da pauta da desinstitucionalização vinculada à transição para vida adulta e a ativação de redes de apoio comunitário são fundamentais para garantir dignidade e autonomia.

Neste contexto, a Comissão Geral em torno da realidade dos adolescentes acolhidos e egressos do Distrito Federal foi importante ferramenta de diálogo entre agentes públicos de diversas áreas e esferas governamentais, parceiros, além de representantes dos movimentos sociais que atuam na ampliação dos direitos da juventude em acolhimento.

Sua realização em 10 de outubro - Dia Mundial da Saúde Mental - destacou a importância de discutir não apenas a saúde psicológica, mas também como que os determinantes sociais - fatores como renda, moradia, trabalho, educação, lazer e transporte - interagem para influenciar o bem-estar mental das juventudes em acolhimento e os egressos que completaram a maioridade, enfrentando os desafios da vida autônoma.

"Não queremos ser vistos como ‘coitadinhos'. Isso é uma coisa que me irrita, particularmente. Queremos ter oportunidades para seguir a nossa vida."
Aleksandro Souza

Organizada pelos pesquisadores sociais acolhidos e egressos do projeto “Territórios da Construção de Si: processos de desinstitucionalização de jovens e adolescentes pela maioridade”, desenvolvido numa parceria entre o Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (Nusmad) da Fiocruz Brasília e a Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude – PJIJ do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Comissão Geral foi resultado das atividades de participação social do grupo nas Conferências Distritais e Nacionais, iniciada em 2022, quando começaram a se preparar e ocupar espaços de reivindicação e construção de políticas públicas. Acolhidos pelo gabinete do Deputado Gabriel Magno, os adolescentes e jovens o sensibilizaram por suas trajetórias de vida e receberam o apoio para realização do evento, que inaugurou uma nova fase da pesquisa-ação dentro da Agenda da Juventude.

Quatro adolescentes, três meninos e uma menina, politizados, engajados, sabedores e reivindicadores de seus direitos falaram ao público na Comissão, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Um ainda mora em instituição de acolhimento para crianças, adolescentes e jovens. Dois são egressos por completarem a maioridade. A menina tornou-se egressa ao ser adotada junto com o filho de dois anos. Estênio Eduardo Santos, Aleksandro Souza, David Santos e Tainá Sousa falam por si e emprestam as suas vozes a tantos outros Aleksandros, Davids, Estênios e tantas outras Tainás que ainda vivem nessas instituições ou que estão prestes a sair. Em um tom uníssono, defendem: “não falem de nós sem a nossa presença!”

 

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