O projeto Territórios da Construção de Si: processos de desinstitucionalização de adolescentes e jovens pela maioridade é realizado pela Fiocruz-Brasília, por meio do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (Nusmad), e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça Cível e de Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude, desde janeiro de 2021, regido como parceria interinstitucional e pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP).
Vivenciamos um momento histórico em que nossas pesquisas científicas de humanidades se abrem para um tipo de participação e controle social combinando a identidade anônima/revelada das pessoas envolvidas, ampliando as formas de construção das Políticas Públicas intersetoriais.
Nesse caso, parte dos adolescentes e jovens erguem suas vozes para se juntar ao grupo original de pesquisa, muitas vezes representando a si mesmos, falando como testemunhas vivas das histórias do acolhimento institucional e das suas necessidades como grupo vulnerabilizado. Nas mídias sociais do projeto apresentamos um pouco dessa experiência colaborativa de pesquisa construída no encontro entre adultos, adolescentes e jovens como pesquisadores que se constroem na vitalidade do tempo presente.
Territórios da Construção de Si é uma pesquisa-ação participativa que objetiva desenvolver um programa piloto de preparação para a desinstitucionalização e reinserção social de adolescentes e jovens (14 – 21 anos) que vivem/viveram em serviços de acolhimento institucional. As intervenções de pesquisa visam potencializar a consolidação e articulação das Políticas Públicas para juventude por meio do conhecimento aplicado.
Privilegia-se um processo de desinstitucionalização de acordo com os valores do cuidado em liberdade, visando a construção da autonomia, a ampliação das trocas sociais (contratualidade) e a garantia de acesso aos direitos básicos e fundamentais, como a moradia, a educação, a cultura, o trabalho, a renda e a saúde.
Nas vivências em sociedade e nos espaços públicos da cidadania, construímos um presente que exige mudanças, com eles e não por eles. Trabalhando a territorialidade subjetiva e material - geográfica, comunitária, identitária e de pertencimento social. Uma territorialidade do bem viver que começa no próprio corpo que precisa encontrar seu lugar no mundo. Territórios para o futuro sonhado em conjunto.
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