O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve condenação, no Tribunal do Júri de Planaltina, nesta quinta-feira, dia 5/2, dos réus Rachid Saad e João Enir, a 29 anos e 3 meses e a 12 anos e 9 meses de reclusão, respectivamente, pelos homicídios de Vilmar Machado e Valter da Cunha Lemos, em 1997, em Planaltina. Na época, o crime teve grande repercussão, pois as vítimas foram executadas com tiros na cabeça e, em seguida, com o objetivo de ocultar os homicídios, tiveram os corpos carbonizados. De acordo com a denúncia, a execução aconteceu para acobertar outro crime, cometido por Vilmar a mando de Rachid.

Dos envolvidos no crime, Rachid Saad, que foi o mandante, não esteve presente no julgamento, pois está foragido. João Enir foi condenado por conduzir Vilmar e Valter ao local do assassinato e fazer a guarda. Ele teve sua pena reduzida pela metade, em razão de acordo de delação premiada. Dos três responsáveis pelos disparos da arma e por atear fogo nos corpos, Ronaldo Morais de Souza é falecido, e os outros dois, João Claudy Gomes da Rocha e Adailton Talvani, estão desaparecidos.

Após proferida sentença, a 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Planaltina recorreu para o agravamento das penas.

Entenda o caso

Um mês antes do crime, Vilmar tinha sido condenado a 24 anos de reclusão pelo homicídio, em 1990, de José Spindola e Ana Claúdia Ribeiro. Em 1997, Rachid seria julgado como participante do crime, na condição de mandante. De acordo com a denúncia, Vilmar disse a amigos e familiares que não iria ser preso sozinho e que entregaria os outros envolvidos no homicídio.

Vilmar foi atraído para a loja de carros de Rachid sob o pretexto de ter um comprador para um veículo de sua propriedade. Depois, Vilmar e Valter foram levados ao local do crime acreditando receber uma carona para suas residências em Formosa. No trajeto, foram rendidos e mortos.

Processo: 1998.05.1.002289-2