Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Reunião com Galinho de Brasília termina sem acordo

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O Presidente do bloco carnavalesco Galinho de Brasília, Romildo de Carvalho Júnior, não aceitou nenhuma das duas opções trajeto e concentração exeqüíveis apresentadas pelo 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (28). As alternativas eram: concentração do bloco no Eixão com percurso por outro local, não nas quadras; ou concentração e percurso em outro lugar, como o Parque da Cidade ou a Esplanada dos Ministérios. As idéias foram expostas nas reuniões anteriores e a intenção do MPDFT era de que uma decisão harmoniosa fosse tomada a fim de beneficiar ambas as partes – a comunidade das quadras 203 e 204 Sul e o bloco.

Os representantes dos moradores não aceitaram a decisão do último encontro –  concentração do bloco no Eixão, com percurso pelas quadras comerciais da 203 e 204 Sul – e alegaram que muitos foliões continuam nas quadras depois que o bloco vai embora e acabam depredando o patrimônio público, como bancos e lixeiras, e até mesmo urinando em áreas próximas aos prédios. Defendem, ainda, que a polícia não vai conseguir controlar a passagem do bloco, nem impedir a permanência de foliões nas quadras residenciais. Por outro lado, os organizadores do bloco afirmam que, nos 16 anos do Galinho, nunca houve nenhum tipo de depredação por parte dos foliões. Além disso, defendem que o bloco cumpriu com todos os acordos feitos com as Secretarias de Cultura e de Segurança Pública para o bom andamento da festividade.

O Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, defendeu que a questão é de uma boa execução. “Se não tentarmos uma alternativa, não saberemos se ela dará certo. Poderíamos firmar um Termo de Ajustamento de Conduta entre as partes, com aplicação de multas para quem não respeitasse o acordo”, sugeriu o Procurador-Geral.

Debateu-se a dificuldade da polícia em isolar a área do Eixão para que os foliões não fossem para as quadras residenciais, e a possível identificação dos moradores das quadras. Para a Secretaria de Segurança Pública, a opção que facilitaria o trabalho da polícia seria o Galinho mudar os locais de percurso e concentração por áreas de menor risco. Porém, não descartou a hipótese de tentar controlar o carnaval no Eixão. Romildo de Carvalho afirmou que se o bloco não puder seguir sua tradição – passar pelas quadras – então não haverá mais Galinho. O Promotor de Justiça Paulo José Leite solicitou ao representante do Galinho que repensasse a sua posição de não sair no carnaval deste ano, aceitando uma das alternativas de execução possíveis expostas na reunião. Também dirigiu-se ao Tenente-Coronel Vieira, da SSP, pedindo especial cuidado para que não haja nenhuma concentração de foliões na comercial das quadras durante o período de carnaval. Neste momento, a reunião foi encerrada.

Também participaram da reunião o Promotor de Justiça Paulo José Leite; a Administradora de Brasília em exercício, Eliana Klarmann; o Deputado Distrital Raad Massouh; o Presidente da Liga das Escolas de Samba do DF, Jean de Sousa; o Presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, Artur Prado; além de representantes do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), da empresa BrasíliaTur, da Secretaria de Segurança Pública e das Prefeituras das quadras 203, 204 e 404 Sul.

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