Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Lei de Defesa do Contribuinte em debate

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Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios e demais palestrantes (Foto: José Evaldo Vilela)O Projeto de Lei que trata da Defesa do Contribuinte do Distrito Federal, de autoria do Presidente da Câmara Legislativa, Deputado Alírio Neto (PPS), foi debatido na manhã desta sexta-feira com representantes do setor produtivo, do Ministério Público, do Executivo, da sociedade civil e com advogados tributaristas. A Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Distrito Federal, Estefânia Viveiros, abriu o evento e agradeceu a todos que, juntos, buscam o equilíbrio da relação entre o fisco e o contribuinte. O Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, participou do debate sobre As relações entre contribuintes e governo sob a ótica jurídica.

Alírio Neto abordou A realidade e as perspectivas da relação de equilíbrio entre governo e contribuinte frente ao Projeto de Lei nº 83/2007. Segundo ele, em seu primeiro mandato, no ano de 1999, elaborou a proposta que vem sendo debatida e discutida no DF. “O Projeto não visa defender os sonegadores, mas sim a mola-mestre de sustentação do Estado, que é o contribuinte.” Para o Deputado, a norma cria espaço para defesa e sanções em situações em que o Estado erra. Para o Parlamentar, é muito importante que o consumidor saiba quanto está pagando de imposto pelo produto que adquire. A informação deve estar expressa na embalagem ou na nota fiscal.

O Secretário de Ciência e Tecnologia, Deputado Izalci Lucas (PMDB), co-autor do projeto, afirmou que, como contador e auditor, tem profundo conhecimento do assunto e está ciente do sofrimento dos contribuintes com a falta de regulamentação da matéria. Apresentou vários pontos importantes da futura lei, como a unificação de toda a legislação; a criação do Conselho de Defesa do Contribuinte do DF;  a cobrança de dívidas com impostos apenas por processos judiciais ou recursos.

Demandas do setor produtivo quanto às relações contribuinte e governo foi o tema discutido a seguir. Para o Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL/DF), José Vicente Estevanato, o futuro Código de Defesa do Contribuinte é um conjunto de normas e condutas para que as relações fiquem mais leves. “Nós, do setor produtivo, temos um sonho: pagar um imposto justo, de maneira simples e menos onerosa”, disse. A CDL/DF  produziu e distribuiu o material de divulgação, com informações sobre a Lei.

Participantes da mesa de abertura do evento (Foto: José Evaldo Vilela)O 1º Vice-Presidente da Federação das Indústrias do DF, Ricardo Caldas,  ressaltou que, ao longo de 10 anos, foram apresentados cinco projetos que tratam do tema e que a entidade se manifestou em todos eles. Ricardo assegurou que a Fibra quer ver o Projeto de Lei nº 83/2007 aprovado “para que Brasília tenha um ambiente favorável e propício aos negócios”. Segundo o Presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do DF, Fernando de Brites, nos Estados Unidos, o consumidor paga um total de 7% em tributos, que vêm discriminados no cupom fiscal. “No Brasil, este percentual é velado”, declarou.

As relações entre contribuintes e governo sob a ótica jurídica foi o tema seguinte. O Secretário de Estado da Fazenda, Valdivino José de Oliveira, afirmou que atua no DF desde 1999 e que, neste período, criou vários programas para desenvolver a economia na região. “Não sou contra um Projeto de Lei que crie um código que busque o equilíbrio entre os anseios dos empresários e do fisco, que possa atender às demandas da sociedade, por uma melhor qualidade de vida. Ele não pode pender para nenhum dos lados.”

Leonardo Bandarra ressaltou ser essencial a existência de um instrumento que contenha abusos. “O Código de Defesa do Contribuinte é um grande avanço.” Para o Procurador-Geral, é fundamental que a legislação busque inviabilizar que o mau contribuinte seja beneficiado e crie instrumentos para que o bom pagador não seja prejudicado.  De acordo com ele, o Conselho precisa ter os poderes mais explícitos, que sejam levados em consideração pelo Estado.

O Conselheiro da OAB/DF Jacques Maurício de Melo lembrou que 40% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é proveniente de impostos e que o ICMS é o grande arrecadador dentro dos Estados. Apresentou, então, dados de uma pesquisa do Banco Mundial, realizada em 177 países. O Brasil aparece em último lugar, como a pior forma de arrecadação de tributos. Ao finalizar, destacou que o consumidor deveria ser esclarecido sobre a carga tributária incidente sobre bens e serviços. “Se apenas este artigo do PL fosse sancionado, já valeria a sua aprovação.”

O último tema discutido foi A estrutura atual das relações entre contribuinte e governo.  O Presidente da Fecomércio, Senador Adelmir Santana, destacou  três principais pontos do projeto: a carga tributária, o Conselho de Defesa do Contribuinte e o limite da carga tributária. O parlamentar lembrou que cinco meses do salário de um trabalhador são destinados para o pagamento de impostos, representando 40% de todo o montante recebido . “É um índice muito alto”, afirma.

Participaram ainda do seminário o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal, Renato Simplício; o Vice-Presidente da CDL/DF, Álvaro Silveira; o Conselheiro da OAB/DF Flávio Lemos de Oliveira; e o representante do Tribunal de Contas do DF Mário Trigo. O seminário foi realizado na sede da OAB/DF.


Clique aqui para ler a íntegra do Projeto de Lei nº 83/2007.

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