O Promotor de Justiça Rubin Lemos, coordenador do Grupo de Apoio à Segurança Escolar (GASE), apresentou, na tarde de ontem, os trabalhos do grupo aos dois coordenadores do Projeto Cidadania e Paz nas Escolas, no Sergipe, Coronel Antônio dos Santos e professora Djanira Montalvão.

A falta de integração entre instituições do Governo foi o ponto mais debatido na reunião. O Promotor destacou a importância do trabalho em conjunto para a conscientização das pessoas sobre o que é violência e como ela atinge as escolas. “É importante dizer à comunidade que ela tem que exercer sua cidadania. Sem o interesse da comunidade, o projeto não vai pra frente”, disse o Promotor.

Segundo Rubin, o GASE trabalha com os diversos segmentos de indivíduos que circundam a comunidade escolar: alunos, pais, professores, auxiliares, policiais, membros de ONGs, entre outros.  O grupo faz uma visita à escola, escolhida junto à Secretaria de Educação, para verificar o grau de necessidade. Quando iniciadas as tarefas, desenvolve palestras, oficinas e reuniões para que cada uma das pessoas passe a cumprir suas atribuições corretamente – o professor no papel de educador, o policial no de zelador da segurança etc.

Os representantes do projeto de Sergipe trataram das dificuldades encontradas na tentativa de implantar trabalhos como os do GASE no Estado, entre elas, a falta de interesse das instituições em se integrarem para levar o projeto à frente. A professora Djanira relatou a importância de trabalhar com todos os tipos de violência na escola, principalmente a psicológica, tanto entre alunos como entre professores.

Ao final do encontro com os sergipanos, o Promotor recebeu o assessor da Secretaria de Educação, Mauro Gleisson. Para ele, há intenção da Secretaria em atuar junto ao Ministério Público para aprimorar os trabalhos de prevenção e repressão à violência nas escolas. O Promotor finalizou a reunião sugerindo a realização de um simpósio sobre o assunto.