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Procurador-Geral com promotores de justiça durante a entrevistaO Procurador-Geral de Justiça, Leonardo Azeredo Bandarra, e os Promotores de Justiça Mauro Faria de Lima, Nísio Tostes e Paulo Gomes trataram, em entrevista coletiva, das razões pelas quais o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios recomendou ao Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, a troca do Comando da Polícia Militar do Distrito Federal e a mudança da estrutura da Corregedoria. Bandarra enfatizou o ótimo relacionamento entre as duas instituições e disse que a própria PM está auxiliando o MPDFT a cumprir a sua missão constitucional de exercer o controle externo da polícia.

Os Promotores de Justiça Militar apresentaram relatório de irregularidades encontradas na Corregedoria da PM, dentre elas situações em que o ex-Comandante da PM, Coronel Antonio José Serra Freixo, mantinha na corporação policiais que já haviam sido condenados pela Justiça por crimes como corrupção passiva, peculato, formação de quadrilha, entre outros. Entre os casos mais problemáticos está a manutenção, nos quadros da PMDF, de policial condenado à pena de 3 anos e 6 meses de reclusão por corrupção passiva, inclusive trabalhando diretamente com o então Comandante.

Na análise de sindicâncias que estão paradas dentro da Corregedoria, foi encontrado o caso de um policial que, de folga, foi pego várias vezes cometendo atos obscenos diante de crianças e mulheres e ainda não foi punido pela corporação. “Um absurdo”, declarou o Promotor de Justiça Paulo Gomes. Visão geral da entrevista coletiva

Segundo os Promotores, muitos policiais condenados, recolhidos à Papuda, continuam recebendo salário. Outros acabaram sendo mantidos nos quadros da PM pelo Comandante, apesar de investigação realizada dentro da própria polícia e parecer da Corregedoria apontarem para a necessidade de exclusão.

Para enfraquecer as investigações, o próprio Comandante demoraria a indicar nomes de oficiais para atuar no Conselho e não daria à Corregedoria as condições necessárias à realização dos trabalhos. “Do número de oito oficiais para analisar os feitos, passou-se para apenas dois”, afirmou Nísio. Hoje, quase três mil sindicâncias estão sem conclusão na Corregedoria da Polícia Militar. Paulo Gomes destacou que os fatos refletiram diretamente na disciplina de outros policiais. “Em virtude de interferências políticas indevidas dentro da corporação, muitos bons oficiais, desgostosos com a situação, têm solicitado a ida para a reserva”, afirmou.

Também chegou ao conhecimento da Promotoria Militar uma investigação iniciada em 2003 que comprovava que o comandante da Polícia Militar afastado pelo Governador Arruda, quando Tenente-Coronel e Comandante do 4º Batalhão, usou viaturas da Polícia para transportar pessoas em traje civil para trabalhar na obra de sua residência em condomínio do Distrito Federal. O fato foi comprovado por meio de laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. Os peritos analisaram as imagens das câmeras de vídeo do condomínio, as quais registraram a entrada e saída das viaturas do condomínio. “Temos 180 fotografias que comprovam o fato”, disse o Promotor de Justiça Mauro Faria.

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