Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Combate à Corrupção no Brasil é tema de debate na UnB

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As perspectivas da sociedade civil sobre a ética e a corrupção foram os temas do debate realizado na Universidade de Brasília (UnB) na tarde de hoje. O evento, coordenado pelo Vice-Diretor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB (CEAM), Ricardo Caldas, teve a participação da Procuradora de Justiça Eunice Amorim, representante do  Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Outros integrantes das instituições envolvidas na campanha “O Que você tem a ver com a corrupção?” também participaram.

O evento foi dividido em duas mesas-redondas. Na primeira parte, os jornalistas Luiz Alberto Weber e Carlos Alexandre e o Consultor de Economia Gil Castelo Branco mostraram a importância da participação da sociedade nos gastos públicos como forma de combate à corrupção.

Para Carlos Alexandre, a missão da imprensa é levar ao conhecimento do público as informações relevantes do Estado para incentivar a participação popular nas decisões públicas. Segundo ele, as campanhas de combate à corrupção devem tratar não apenas do ato ilícito, mas também da vida social. “É importante combater a corrupção na sua origem, ou seja, nos valores e costumes da sociedade”, afirmou. Gil Castelo Branco apresentou palestra sobre medidas que têm como objetivo mostrar à sociedade a transparência nas contas públicas. “Além da legalidade do gasto público, devemos analisar o destino desse dinheiro também.”

A segunda mesa-redonda teve a participação da Coordenadora do programa Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Cíntia Freitas, da Assessora da Comissão de Ética da Presidência da República, Graciele Neto Cardoso, do Secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria-Geral da União, Marcelo Stopanovski Ribeiro, e do Presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), o Juiz Mozart Valadares.

A parceria entre o UNODC e a Controladoria-Geral da União (CGU) na campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” foi um dos temas discutidos pela coordenadora Cíntia Freitas em sua palestra. Segundo ela, a união de esforços é uma das maneiras mais eficazes de atingir os objetivos estabelecidos pela campanha. O coordenador do debate, Ricardo Caldas, apresentou a pesquisa Ética e Corrupção, encomendada pela Comissão de Ética da Presidência da República, sobre o padrão de conduta ética dos servidores públicos e suas consequências na sociedade. Entre os principais pontos da pesquisa, Caldas destacou o fato de que a maioria dos servidores públicos entrevistados só ouviram falar de ética pela primeira vez no ambiente de trabalho.

A ética no tempo e no espaço foi o assunto tratado pela Assessora da Comissão de Ética da Presidência da República, Graciele Neto Cardoso. Segundo ela, a comissão fiscaliza o cumprimento dos princípios éticos e incentiva a mudança de mentalidade para tornar o agente público capaz de diferenciar o que é ético ou não em suas atitudes. Marcelo Ribeiro, por sua vez, explicou como funciona a nova Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas criada pelo Ministério de Controle e da Transparência da Presidência da República para levar ao conhecimento da sociedade onde é investido o dinheiro público.

“Antes de falar em combate à corrupção, não seria melhor, primeiramente, tentar resgatar a atitude ética dos cidadãos?” Com essa pergunta, a Procuradora de Justiça Eunice Amorim iniciou sua palestra sobre os pontos éticos e filosóficos relacionados à corrupção. Segundo ela, o “agir ético” pode trazer pequenos problemas ou causar erros graves, comprometendo a sociedade. Eunice Amorim destacou, ainda, a atuação repressiva do MPDFT nos casos de corrupção. “O Termo de Ajustamento de Conduta, as ações civis públicas, todos os instrumentos possíveis são usados pelo MPDFT para repreender a corrupção”, declarou.

O Juiz Mozart Valadares comentou a importância de uma legislação adequada para auxiliar no combate à corrupção. “Nós precisamos de uma lei que não tire o direito à ampla defesa, mas que tenha uma punição clara para quem não cumprir o seu dever de cidadão”, afirmou.

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