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Animais eram mantidos em embalagens plásticas reduzidas por longos períodos; alguns apresentavam lesões e deficiência nutricional

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, Rose Meire dos Santos Lehmkuhl, Clóvis Eduardo Condi e Gabriel Ribeiro de Moura responderão criminalmente pelo envolvimento na criação e venda ilegal de serpentes no Distrito Federal. A Justiça aceitou, nesta quinta-feira, 3 de setembro, a denúncia ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema).

Os quatro são réus por três crimes: associação criminosa, venda e criação de animais sem licença e maus-tratos contra animais. Rose Meire, Clóvis e Gabriel também responderão por fraude processual e corrupção de menores. Individualmente, Pedro Henrique responde ainda por exercício ilegal da medicina veterinária e Rose Meire, pelo crime de dificultar ação fiscalizadora do poder público em questões ambientais.

Entenda o caso

As investigações mostraram que Pedro Henrique adquiria, criava em cativeiro e vendia serpentes de diversas espécies, tanto nativas quanto exóticas. Os animais eram comprados de forma ilegal em São Paulo e na Bahia e mantidos no apartamento da família, no Guará, em condições inadequadas. Ficavam confinados em embalagens plásticas reduzidas por longos períodos e alguns apresentavam lesões e deficiência nutricional.

Rose Meire e Clóvis eram coniventes com os crimes e participavam ativamente da criação das serpentes e do cuidado com os ovos. Gabriel foi o responsável por se desfazer dos animais quando surgiram suspeitas sobre o criatório ilegal. Ele recebeu de Clóvis a garantia de que não seria punido por soltar a cobra que havia picado Gabriel e que o animal seria recolhido pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental.

Atuação do MPDFT

O promotor de Justiça da Prodema Paulo José Leite esclarece que os demais indiciados pela Polícia Civil não estão isentos de procedimentos judiciais. "Inicialmente, a denúncia englobou os quatro envolvidos que se tornaram réus, mas seguimos analisando as provas e novas denúncias ainda podem ser ajuizadas para a responsabilização de outros autores." Na entrevista, ele também explicou que a possível prática de tráfico de animais para outros estados e até para fora do Brasil segue em apuração. Essa investigação é conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.

O promotor de Justiça Militar Nísio Tostes ressalta que a conduta dos policiais militares ainda está sendo apurada e a investigação segue sob sigilo. “Há indícios de prevaricação, ou seja, fraude processual, se os policiais deixaram de atuar como deveriam na ocasião do resgate da cobra naja próximo a um shopping”.

Outras providências

Além de denunciar os envolvidos à 1ª Vara Criminal do Gama, a Prodema também requereu o envio do inquérito aos órgãos responsáveis por apurar outras irregularidades. São eles a Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (para que as informações obtidas possam ser usadas em outras investigações); o Conselho Regional de Medicina Veterinária (pelo envolvimento de profissionais da área); o Ibama (para a eventual realização de auditoria ambiental no centro acadêmico da Uniceplac); e o Ministério da Educação (pelas irregularidades que envolvem a Uniceplac).

A Prodema também requereu ao Comando da Polícia Militar do Distrito Federal que adote as medidas cabíveis em relação às possíveis faltas administrativas cometidas por Clóvis, que é tenente-coronel. Além disso, requereu o envio do inquérito à Auditoria Militar do Distrito Federal para que sejam apuradas as condutas do então major Joaquim Elias Costa Paulino.

Clique aqui para conhecer o teor da denúncia.

Clique aqui para assistir a entrevista coletiva concedida pelos promotores de Justiça.

Processo eletrônico: 0707031-51.2020.8.07.0004

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