Evento aberto ao público contou com relatos e discussão sobre cultura do estupro. Discussão será levada para as faculdades particulares
Nesta segunda-feira, 7 de novembro, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) promoveu audiência pública sobre assédio e violência sexual nas instituições de ensino superior do DF. A iniciativa foi uma parceria entre a Coordenação dos Núcleos de Direitos Humanos (CNDH) do MPDFT e o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (Nepem/UnB).
Com o objetivo de coletar ideias e opiniões que possam auxiliar a formulação de estratégias de proteção aos direitos das mulheres, participaram do evento membros do Ministério Público e do Judiciário, professores, alunos, representantes de movimentos estudantis e de coletivos. A atividade foi proposta por conta de diversas notificações de alunas da UnB que chegaram ao MPDFT alegando assédios sexuais em trotes, festas e sala de aula.
Na ocasião, os participantes debateram o silenciamento nos casos de assédio, violência sexual e feminicídio, falta de segurança nos campi, discriminação em cursos predominantemente masculinos e casos de mulheres que desistiram do curso após sofrerem violência. Além disso, foram relatados episódios de assédio, como vídeos íntimos divulgados, e lembrados casos de feminicídio, como o da estudante de Biologia Louise Ribeiro.
Ao final do evento, foram discutidas quais ações a UnB poderia tomar para evitar novos casos de assédio. Dentre elas estão a realização de um diagnóstico das denúncias, envolvimento da comunidade no debate, por meio de projetos de extensão, e criação de canais institucionais para receber as denúncias e propor as soluções.
Com essas informações e relatos, o MPDFT vai elaborar uma ata e encaminhar à reitoria da UnB. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), vivemos uma epidemia de violências contra as mulheres e precisamos ouvir a sociedade civil sobre esse problema no DF. Vamos cobrar a efetiva realização de políticas educacionais para prevenir episódios de violência, acolher as vítimas e responsabilizar autores”, finalizou o promotor de Justiça e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, Thiago Pierobom.
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