Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015 revelou que o Distrito Federal teve o maior crescimento populacional do país, com a elevação de 2,19%. Hoje somos 2,91 milhões de pessoas no Distrito Federal. Esse crescimento impacta diretamente na qualidade da vida e na necessidade de se
Durante a abertura do evento, foi lançada uma revista em quadrinhos sobre mobilidade urbana. A publicação foi pensada para o público infantojuvenil e desenvolvida com linguagem simples e exemplos do cotidiano. “Essa revista foi elaborada pensando nos cidadãos do futuro. Sabemos que, se conseguirmos passar essa mensagem para as crianças, vamos conseguir passar para os adultos e para toda a sociedade”, destacou o promotor de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística e coordenador do seminário, Dênio Augusto de Oliveira Moura.
A mesa de abertura do evento contou com a presença de representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Executivo local. Em seguida, foi realizado o primeiro painel, coordenado pelo promotor de Justiça do MPDFT Elísio Teixeira Lima Neto, com o tema “Humanização e integração”. Dentro desse tópico, foram desenvolvidas três palestras, uma sobre patrimônio cultural, outra sobre mobilidade urbana e, a terceira, sobre integração e humanização das cidades.
Patrimônio cultural construído – como e por que preservar
A promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) Cristina Rasia Montenegro falou sobre a questão subjetiva do sentimento de identificação com a cidade, que leva ao comportamento objetivo de cuidar e preservar o espaço em que se vive. “Apesar da conectividade do tempo atual, a gente corre o risco de se desconectar da própria cidade. A sustentabilidade só será alcançada quando a gente se apropriar dos nossos espaços e cada um amar e cuidar da sua cidade”. Na perspectiva do patrimônio cultural, a promotora de Justiça falou sobre a
Humanizar e integrar: o desafio da mobilidade urbana
O Instituto Cidade em Movimento dedica-se a pesquisas e ações internacionais, soluções inovadoras, conhecimento compartilhado e melhorias na mobilidade urbana. A diretora-executiva, Luíza Andrada, trouxe para o seminário uma visão mais ampla sobre a mobilidade, como um tema social e não só uma questão de transporte. A palestrante lembrou que hoje 55% da população mundial vive em cidades e, no Brasil, esse índice é ainda maior, com cerca de 85%. “O transporte é um problema, no entanto, a mobilidade também passa pelo uso dos espaços públicos e pela forma como a sua ocupação é responsável por gerar, ou não, integração e humanização”, alertou. Andrada finalizou reforçando o papel das escolhas individuais na perspectiva da responsabilidade de cada um perante o caos urbano.
Mudanças necessárias para integrar e humanizar as cidades
O secretário de Gestão do Território e Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, falou sobre a cidade como maior artefato cultural que o homem criou e sobre a espontaneidade das ocupações. O arquiteto explicou que é praticamente um consenso o que é necessário fazer para melhorar a qualidade de vida nas cidades, por exemplo: o meio ambiente preservado e equilibrado; o acesso à cultura e aos serviços públicos de qualidade; o envolvimento efetivo da população na tomada de decisões, entre outros aspectos. “No entanto, o como fazer é mais complexo e gera muitos pontos de vista divergentes”, comentou. O secretário reforçou a necessidade de ações de regularização, de recuperação e de mutirão que envolvam o cidadão para que recupere a autoestima como ator político. Para finalizar, Andrade citou o importante trabalho do Ministério Público e do governo na desocupação da orla do lago. “A orla livre representa um importante marco na retomada do espaço público”, acrescentou.
O seminário “Cidadania e qualidade de vida nas cidades” continua nesta sexta-feira, 13 de maio, com palestras no período da manhã e da tarde. Confira aqui a programação completa.
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