O Ministério Público Federal promoveu a devolução de R$ 157 milhões recuperados pela Operação Lava Jato. A restituição foi em favor da empresa Petrobrás, durante ato simbólico que ocorreu nesta segunda-feira, dia 11, na Procuradoria-Geral da República.
O procurador-geral de Justiça, Leonardo Bessa, acompanhou o evento ao lado da promotora de Justiça e assessora parlamentar, Fabiana Costa. Para ele, a cerimônia de hoje foi muito mais que simbólica. "Trata-se de restituir à empresa Petrobrás e ao Brasil uma quantia significativa de dinheiro desviado por meios ilícitos. Que essa iniciativa sirva também para o desenvolvimento de um sentimento de repúdio a qualquer ato de corrupção, por menor que ele seja", disse.
O valor recuperado foi desviado pelo ex-gerente de serviços da estatal, Pedro Barusco, e devolvido por meio de acordos de colaboração premiada. A quantia era mantida em contas secretas na Suíça e foi repatriada após atuação integrada do Ministério Público, da Polícia Federal, da Receita Federal e da Justiça, entre outras instituições.
O MPDFT integra grupo de trabalho que atua na análise dos desdobramentos relacionados à investigação. Os promotores de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes e Wilton Queiroz de Lima foram cedidos no início do ano à Procuradoria-Geral da República para atuar nas apurações da Lava Jato.
No total, o Ministério Público já firmou acordos que preveem a recuperação de R$ 570 milhões à Petrobrás, além do bloqueio de outros R$ 500 milhões realizados pela Operação. A conta judicial que recebe os valores desviados pelo esquema já acumula mais de R$ 200 milhões. Estima-se que os desvios cheguem a R$ 6,2 bilhões.
Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a recomposição dos valores evidencia um perfil do Ministério Público mais proativo e preocupado em restaurar danos, além de demonstrar a importância de trabalhar em conjunto com outros órgãos da Administração Federal. "Essa operação já alcançou resultados visíveis em 440 dias de investigação. O desempenho não seria possível sem a união e a atuação impessoal dos responsáveis pela apuração dos ilícitos", avaliou.
Também estiveram presentes no evento o presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine; o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador da República no Paraná, Deltran Dallagnol; e o chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, Roberto Leonel.
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