50 anos de MPDFT: Redescobrindo o papel do Ministério Público". Esse é o tema do VIII Congresso Interno do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, que começou na noite de ontem, no auditório Promotor de Justiça Andrelino Bento Santos Filho, no Edifício-Sede da instituição. "Pensamos num encontro em que o foco não será o debate de teses, mas a discussão quanto ao nosso papel, à nossa função e às boas práticas que podem ser incorporadas ao nosso trabalho, de maneira que possamos contar não só com a independência funcional, mas também com a ação em busca do mesmo ideal: o bem comum", afirmou o promotor de Justiça e presidente da comissão organizadora do congresso, Bernardo de Urbano Resende.

Em seu discurso, a Procuradora-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Eunice Pereira Amorim Carvalhido, fez uma viagem ao passado, lembrando o I Congresso Interno do MPDFT, realizado em 1993 em Pirenópolis (GO). "Naquela ocasião, caminhávamos na mesma direção e estávamos todos felizes porque havíamos conseguido, com sucesso, realizar aquele evento cultural destinado ao aprimoramento e ao congraçamento dos membros do MPDFT", recordou. E complementou: "Hoje, a expectativa e o sentimento de alegria são os mesmos daquele tempo. As questões que vamos discutir mudaram, mas espero que, ao redescobrirmos o papel do Ministério Público, redescubramos a necessidade da comunhão de todos, tendo consciência de que o confronto mais desserve do que serve à nossa instituição", concluiu.

Coube ao professor Volker Egon Bohne, secretário de planejamento da Escola Superior do Ministério Público da União, proferir a palestra de abertura, que teve como tema "De onde viemos, onde estamos e onde queremos chegar, sem se olvidar do ser humano por trás do promotor de Justiça". Em sua exposição, o palestrante traçou um histórico do Brasil da década de 60 até hoje para pregar a volta às origens e a necessidade de se compreender e aceitar nossa verdadeira identidade. E lançou um questionamento: "As instituições estão preparadas para permitir que as pessoas sejam elas mesmas?" para, em seguida, cobrar mais ação: "É preciso levantar da cadeira, sair do escritório e ouvir a sociedade para senti-la e entendê-la", finalizou.

Após a palestra, houve o sorteio de dois aparelhos blu-ray players e a peça "A comédia como ela é", com a companhia teatral Simplesmente G7.

Também participaram da abertura do congresso o desembargador João de Assis Mariosi, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF; o promotor de Justiça Calos Alberto Cantarutti, presidente da Associação do MPDFT; e a promotora de Justiça Claudia Maria de Freitas Chagas, diretora-geral da Fundação Escola Superior do MPDFT;

Sobre o congresso

Com mais de 100 membros inscritos, o Congresso Interno do MPDFT segue até sábado (28/08). A partir de hoje, as discussões serão realizadas no Centro de Convenções do hotel Royal Tulip Alvorada. Confira a programação clicando aqui