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Promotora de Justiça Cátia Gisele Vergara (Foto: José Evaldo Vilela)Como parte do Ciclo de Palestras MP Mulher, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios trouxe à tona, nesta terça-feira (10), a saúde feminina. Coordenada pela Promotora de Defesa da Saúde Cátia Gisele Martins Vergara, a palestra contou com a participação do mastologista José Antônio Ribeiro Filho, que falou sobre câncer de mama, e da enfermeira Nayane Cabral, da Coordenação do Programa Viva Mulher, que fez uma análise da situação do DF quanto ao câncer de colo de útero e de mama.

Além das palestras, as mulheres que passaram pelo Auditório do Edifício-Sede tiveram a oportunidade de realizar o exame preventivo ao câncer de mama. O  ginecologista Acácio Meneghini, responsável pelos exames, afirmou: “A questão educativa é a mais importante nesse tipo de evento. Quanto mais cedo se detectar o câncer, maior a chance de cura”.

Para a Promotora Cátia Gisele, o objetivo principal da palestra é a informação. “Ainda há muito preconceito e muitos mitos em relação ao câncer de mama. Existe o medo de se tocar, que prejudica o diagnóstico precoce e, em conseqüência, o tratamento eficaz.” E concluiu: “É imprescindível que saibamos sobre a gravidade do câncer”.

Mastologista José Antônio Ribeiro Filho (Foto: José Evaldo Vilela)O médico José Antônio Ribeiro Filho mostrou uma visão geral do câncer, informando como ele era tratado no passado e como a tecnologia contribuiu para que os tratamentos deixassem de ser tão agressivos para a mulher. O palestrante destacou a importância do evento para motivar as mulheres a lutarem contra a doença. “O câncer de mama é o que mais mata, o que mais tem prevalência, e o mais temido pelas mulheres, por ser muito grave e mais ainda por tirar a feminilidade”. O médico lembrou também que fatores como estresse, má alimentação, poluição, fumo e falta de exercícios físicos aumentam os riscos.

A palestra abordou os tipos de tratamento, como quimioterapia e radioterapia e os exames feitos para se detectar o câncer, tais como auto-exame, exame clínico, mamografia e ecografia. As mulheres também foram informadas sobre o procedimento de retirada da mama aliada à cirurgia plástica, que deixa a mulher com mais segurança e auto-estima, fazendo com que a continuidade do tratamento e a recuperação causem menos sofrimento.

A técnica administrativa da Promotoria de Justiça de Ceilândia Maria Isabel Pereira realizou o auto-exame e achou a iniciativa da palestra muito válida para que as mulheres tenham mais conhecimento sobre o câncer de mama. “Eu procuro sempre me informar mais para me prevenir, até porque uma tia minha já teve câncer, e sei o sofrimento que essa doença causa” relatou.

Público presente ao evento (Foto: José Evaldo Vilela)Para Maria de Fátima Teles, eventos como esse deveriam ser mais frequentes: “Gostei muito da apresentação, pois falta quem nos explique o que é essa doença e como ela surge. Muitas vezes, os médicos não conversam com a gente”. A dona de casa de 37 anos descobriu que estava com câncer de mama em agosto de 2008 e se operou no mês passado. Com problemas em adquirir um medicamento específico para seu tratamento, Maria de Fátima procurou a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, que a informou sobre a palestra.

A enfermeira e coordenadora do programa Viva Mulher da Gerência de Câncer da Secretaria de Saúde, Nayane Cabral, analisou os casos de câncer de colo de útero e de mama no Distrito Federal e ressaltou que o esclarecimento é uma forma de a mulher brigar pelos seus direitos e mudar sua postura de comodismo.

Em sua apresentação, a enfermeira mostrou um panorama de como a mulher era vista nos sistemas de saúde e como esse quadro mudou a partir da implementação de políticas públicas voltadas à saúde feminina, como o Programa de Atenção Integrada À Saúde da Mulher (PAISM).

Nayane iniciou a palestra apresentando índices sobre o câncer de colo de útero: no Distrito Federal, 220 casos foram registrados em 2008. Em seguida, ela enumerou os principais causadores desse tipo de câncer: iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros, tabagismo, uso de contraceptivos orais, HPV e baixa ingestão de vitaminas.

Atendimento ao público (Foto: José Evaldo Vilela)Segundo a palestrante, o limitado acesso da população feminina à atenção básica dificulta a prevenção e é o principal problema no tratamento. O número reduzido de hospitais especializados em câncer no DF, apenas 8, e a falta de equipamentos e médicos também foram lembrados pela profissional de saúde como obstáculo ao atendimento eficaz às mulheres.

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