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Moacyr Rey Filho
Promotor de Justiça

Todos os dias vemos notícias de políticos, empresários, funcionários públicos que não se cansam de tentarem enriquecer ilicitamente. Fraudam licitações públicas, corrompem, são corrompidos e lesam o patrimônio público. Enquanto isso, milhares de pessoas ficam à mercê de um sistema de saúde cruel, de uma segurança pública ineficiente e de uma educação sem qualidade. O que move esses homens a viverem sempre praticando o mal? Seria o dinheiro pelo dinheiro, ou o poder que o dinheiro traz consigo?

Sinceramente, não sei. O mais impressionante é que a maioria desses homens são pessoas mais velhas que não percebem o pouco tempo de vida que lhes restam. Será que eles não conhecem o ditado popular: "Caixão não tem gaveta!"? O que esses homens levarão consigo após a sua morte? Nada! Mas, em vida, serão enganados pela sua própria astúcia.

O grande Rei Salomão, iluminado por Deus, já advertia há aproximadamente três mil anos: "A honestidade livra o homem correto, mas o desonesto é apanhado na armadilha de sua própria ganância." (Provérbios 11.6). E, ainda, "a pessoa honesta anda em paz e segurança, mas a desonesta será desmascarada" (Prov. 10.9).

Isso também vemos nos noticiários. E os filhos desses homens, como serão? Na maioria, idênticos aos seus pais, repetindo os mesmos erros e sendo tanto quanto ou até mais desonestos que eles. Mas que culpa têm eles? Por acaso não estão eles repetindo o mesmo padrão que aprenderam? A herança deixada pelos seus pais estará sempre com eles. Não me refiro ao dinheiro sujo, mas ao nome sujo. O "nome de sua família" permanecerá ligado a essa vergonha, ao descaso com o outro, enfim, à desonestidade.

Talvez acalme suas consciências saberem que o nome de seus pais virou nome de uma rua, de um prédio, de uma vila ou até mesmo de uma cidade. Isso se seus pais não forem desmascarados em vida. Deus também já disse que o bom nome vale mais que muitas riquezas (Prov. 22.1). É, com certeza, Deus conhece o Brasil, conhece Brasília, mas, acima de tudo, conhece o homem!

Jornal de Brasília

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