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Daniel Bernoulli Lucena de Oliveira
Promotor de Justiça do MPDFT

Passados cem anos da morte de Euclides da Cunha (15/08/1909), a tragédia ainda desperta atenção de estudiosos, que buscam encontrar respostas às questões mais íntimas que permearam o triângulo amoroso formado por ele, sua esposa Anna e Dilermando de Assis.

Euclides da Cunha, membro da Academia Brasileira de Letras, cobriu a Guerra de Canudos, escrevendo em seguida sua principal obra, “Os Sertões”.

Em virtude de missões no norte do país, costumava deixar a esposa e filhos no Rio de Janeiro. Foi traído e sua mulher engravidou por duas vezes do amante, mas ele a perdoou. Um dia, ela fugiu para a casa do outro. Ferido na honra, armou-se, invadiu a casa do traidor e disparou contra ele e o irmão. Seu algoz reagiu e lhe feriu mortalmente.

Anna Ribeiro conheceu um cadete, que mais tarde se tornaria brilhante escritor. Apesar dos dois filhos, sua vida conjugal era pura insatisfação. Conheceu um rapaz por quem se apaixonou e deu à luz dois filhos dele.

O marido traído deu tiros no amante, mas findou morto. Anos depois, o filho do escritor também tentou matá-lo, sendo igualmente eliminado.

No final da vida, descobriu que seu amor possuía outra mulher. Largou-o e morreu só.

Dilermando de Assis conheceu uma senhora casada e mãe de dois filhos e por ela se apaixonou. Ela deixou o esposo para morar com ele. Indignado, o esposo invadiu a casa de Dilermando para matá-lo, mas acabou morto.

Absolvido pelo júri por duas vezes, ele ainda sofreu novo atentado, agora do filho de seu antigo rival. Matou-o de igual modo .

Devido às tentações da natureza, teve um caso fora de seu relacionamento e, descoberto, jamais foi perdoado.

Encontrar vítimas e culpados em meio a essa estória é improvável. Cada vértice desse triângulo aponta para um lado de tamanho diferente. De certeza, só resta uma: no centro da figura geométrica há um ponto, que podemos chamar de destino.

Jornal de Brasília

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