Imunização por idade acelera após recomendação do MPDFT. Instituição faz estudo para subsidiar pedido de mais doses de vacinas ao Ministério da Saúde

Em reunião realizada, nesta quinta-feira, 8 de julho, a força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para ações de enfrentamento à pandemia avaliou positivamente o resultado da recomendação para priorizar a imunização por idade na capital federal. Atualmente, mais de um milhão de pessoas receberam ao menos uma dose do imunizante, o que representa mais de 46% da população local. “Já verificamos efeitos positivos da vacinação na queda da ocupação dos leitos de UTI. Mas a população precisa manter os cuidados e comparecer para vacinar tanto a primeira, quanto a segunda dose”, adverte o coordenador da FT, José Eduardo Sabo. 

O procurador de Justiça anunciou que um novo pedido será remetido ao Ministério da Saúde para o repasse de mais vacinas para o DF. Um estudo vem sendo realizado pelo MPDFT e aponta subdimensionamento no repasse de doses para algumas categorias profissionais e pessoas com comorbidades vacinadas na capital, o que vem implicando em disponibilidade reduzida para a população em geral.  

Sobre os esclarecimentos requisitados à Secretaria de Saúde (SES-DF) após denúncias de possível aplicação de vacinas vencidas, informações apuradas até o momento pela força-tarefa ainda não identificaram nenhum caso em que, comprovadamente, foram administradas imunizantes fora do prazo de validade no DF.  A pasta informou que existem protocolos de verificação durante a distribuição aos postos e no momento da aplicação aos usuários e que os casos apontados pela imprensa, de supostas doses vencidas, dizem respeito a questões de registros no sistema. 

O acompanhamento da vacinação da população de rua, dos policiais penais, dos professores e de outros grupos também estiveram em pauta no encontro. O Núcleo de Direitos Humanos (NDH/MPDFT) relatou que está em contato com a Gerência da Abordagem Social do GDF e vem sendo feito um trabalho itinerante nas cidades-satélites. Está sendo priorizada a população não abrigada, mais exposta à covid-19 e a outros agravos, e o imunizante aplicado é o da Janssen, de dose única. Apesar de verificados alguns casos de resistência, geralmente causados por boatos falsos e desinformação, em geral, a estratégia adotada vem sendo bem-sucedida. 

Um problema que já vem sendo enfrentado em outras unidades da federação, e que passa a ser uma preocupação também no DF é o comparecimento para a segunda dose da vacina. “É fundamental que as pessoas retornem para completar o processo de imunização. Precisa dessa segunda dose para a proteção esperada. O governo local tem mais de 150 mil vacinas em estoque destinadas para a D2. O MPDFT já cobrou uma estratégia de comunicação voltada para essa finalidade e auxiliará na sensibilização da população”, afirma Eduardo Sabo.

A população pode acompanhar as informações sobre a imunização no DF pelo site Vacinômetro e a evolução da pandemia, com o total de casos confirmados, recuperados, óbitos, leitos de UTI e as atualizações diárias na Sala de Situação da SES. Até o momento, foram registrados 435.405 pessoas infectadas no DF, com 419.236 recuperados e 9.331 vidas perdidas.  

Clique aqui e saiba mais sobre a atuação da força-tarefa do MPDFT. A iniciativa foi inscrita no Prêmio CNMP e está entre os projetos finalistas de 2021, pelo trabalho desenvolvido em defesa de direitos coletivos e no controle de políticas públicas, atuando para garantir a continuidade dos serviços públicos, a transparência das informações e o acesso a dados públicos relacionados à pandemia. 

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