Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Projeto Na Moral concorre ao Prêmio Innovare na categoria Ministério Público

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Com ferramentas inovadoras, principalmente de gamificação, o projeto NaMoral desafiou os estudantes a construírem um ecossistema de integridade no ambiente escolar. Mais de 8 mil alunos foram impactos em 2019


O Projeto NaMoral, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), está entre as iniciativas selecionadas para participar da 17ª edição do Prêmio Innovare, que tem como tema, em 2020, a “Defesa da Liberdade”. Nesta segunda-feira, 6 de julho, integrantes do projeto foram entrevistados por um consultor jurídico, responsável por coletar informações sobre as práticas.

Além de contar a história do NaMoral, também foram partilhadas muitas histórias de vidas que se transformaram. O colégio vencedor do projeto, que apresentou melhor resultado nas missões do jogo, era conhecido no DF por casos de agressões e chegou a ter pedido de fechamento pelo mau comportamento dos alunos. Para a procuradora-geral de Justiça, Fabiana Costa, a indicação é uma forma de reconhecimento à dedicação dos integrantes do MPDFT em favor da sociedade. “Comprova a preocupação desta Casa com a transformação social por meio do fortalecimento da cidadania e da aproximação com a sociedade”, disse.

A entrevista faz parte da segunda etapa do prêmio que trata da verificação dos resultados do projeto. O encontro, que geralmente ocorre por meio de visitas presenciais, foi realizado por videoconferência. Quatro promotoras de Justiça, servidores da equipe organizadora e outros que atuaram como facilitadores nas escolas, além de um aluno participantes e uma professora, num total de 11 pessoas, relataram suas experiências para o consultor Marcelo Bertuol. Durante mais de 3 horas de apresentação, o grupo contou como o projeto começou, o desafio de reunir voluntários, a participação de membros no NaMoral, a realização das missões pelos estudantes e, especialmente, os impactos nas escolas, na vida pessoal e até na vida profissional.

Já no projeto-piloto, o NaMoral conseguiu mostrar transformações de impacto nas comunidades escolares envolvidas. Para a idealizadora do projeto, promotora de Justiça Luciana Asper, o amadurecimento do capital moral e social

do cidadão é uma ferramenta efetiva para mudanças comportamentais. “E não é apenas a mudança de postura em relação a atos corruptos até então normalizados, mas também a formação de pessoas comprometidas em colaborar com os pilares de controle, detecção e repressão da corrupção. Alicerces sólidos de integridade, ética e cidadania são imprescindíveis para que o Ministério Público possa cumprir o seu papel constitucional. Ficamos honrados em participar do Prêmio, diante da sua representatividade nacional”, comemorou.

O resultado desta fase da seletiva deve ser divulgado em outubro, quando é apresentada a listagem dos finalistas de cada categoria. A Comissão Julgadora do Prêmio Innovare é formada por personalidades do mundo jurídico, acadêmico e empresarial, que analisam os formulários de inscrição e os relatórios produzidos pelos consultores do Innovare durante as entrevistas com autores. A cerimônia de premiação ainda não tem data divulgada.

Na Moral

Implantado em 9 escolas públicas no ano de 2019, o projeto desafiou os estudantes, a partir de ferramentas inovadoras, principalmente de gamificação, para a construção de um ecossistema de integridade no ambiente escolar. Mais de 250 alunos foram atingidos diretamente como integrantes das equipes representantes dos colégios, formadas por turmas de 8º e 9º anos. A partir das ações realizadas que alcançaram toda a comunidade escolar, foram cerca de oito mil crianças e jovens impactados. Estiveram envolvidos no projeto, 84 professores. Clique aqui e assista vídeo obre o NaMoral.


Resultados
O projeto recebeu majoritariamente avaliações positivas dos grupos participantes: 80% dos voluntários integrantes do MPDFT; 77,78% dos voluntários professores; 100% dos voluntários universitários; 92% dos alunos. As atividades foram realizadas entre agosto e dezembro. A escola que mais acumulou pontos com a realização das missões propostas foi premiada com R$ 15 mil. O valor é decorrente de multa de condenação por atos de corrupção.

No início do projeto, 31,58% dos professores responderam que a minoria, ou nenhum aluno, se atinha às regras. No grupo dos estudantes, 42,11% afirmaram que a maioria ou todos as respeitavam. Ao final, para a mesma pergunta, houve uma queda significativa nas respostas dos professores - apenas 12,5% mantinham a percepção inicial, ao passo que, entre os estudantes, houve uma elevação da percepção do respeito às regras: 68,75%.


História de quem venceu o projeto e a violência escolar
Meses antes do início do projeto, o Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte (Celan), ficou na mira da imprensa por episódios recorrentes de violência. Em junho de 2019, a Polícia Militar precisou ser acionada depois que duas brigas, envolvendo quatro estudantes, causaram confusão. Os vídeos das agressões foram amplamente noticiados. Em dezembro de 2018, em menos de duas semanas, três brigas envolvendo estudantes foram registradas, sendo que em uma delas um aluno ameaça outro com faca. A comunidade local chegou a fazer um abaixo assinado pedindo o fechamento da instituição.

Ao final do projeto, outra reportagem bem diferente revela o impacto do projeto. Moradores enaltecendo a escola, pois os participantes do projeto tiveram a iniciativa e o sucesso de resolverem um problema de alagamento no lago norte. A diretora do Celan, Ana Paula de Oliveira, relatou que foi muito gratificante participar deste processo de transformação e a motivação que contagiou toda a escola: “Ficamos muito felizes com as grandes conquistas que tivemos. No empenho dos alunos e professores que se dedicaram ao projeto. Na missão, o Pegue e Pague, conseguimos um saldo de honestidade de 100%.”.

No dia da premiação, o estudante José Antônio, que cursava o 8º ano do Celan, ficou eufórico com o anúncio do resultado. “A gente se empenhou muito, cada um se esforçou e lutou pelo bem da escola e da comunidade. Queremos ajudar o projeto a continuar. Ficou para mim, que precisamos dizer não para a corrupção e que nós jovens podemos mudar o mundo!”, declarou.

Sobre o Prêmio Innovare
Desde sua criação, em 2004, o Prêmio Innovare vem trabalhando para identificar e colocar em evidência iniciativas que trazem inovações e contribuem para o aprimoramento da Justiça. Ao todo, já foram premiadas 226 práticas, entre mais de 7 mil trabalhos, em diferentes áreas da atuação jurídica. Todas as iniciativas selecionadas são incluídas no Banco de Práticas do Innovare. Elas podem ser consultadas no site www.premioinnovare.com.br.

Em 2020, foram inscritas 189 práticas na categoria que recebe ações da sociedade civil, a Justiça e Cidadania. A categoria Ministério Público recebeu 115, a Advocacia, 107 iniciativas, 99 práticas da categoria Juiz, 87 da Tribunal, 44 de Defensoria Pública e cinco oriundas do Portal de boas práticas do Conselho Nacional de Justiça, na nova categoria CNJ/Gestão Judiciária.

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