Nesta quinta-feira, 29 de setembro, a Promotoria de Justiça de Ceilândia sediou pela primeira vez a reunião da rede social da cidade. A comissão formada por representantes de várias entidades e instituições se reúne todos os meses para debater demandas sociais da população e encontrar soluções extrajudiciais para os problemas da comunidade.
Na pauta, estava a necessidade de criação de um CAPS-Transtorno, centro de atenção psicossocial destinado ao tratamento de pessoas com transtornos mentais, em Ceilândia. Os portadores de transtornos mentais da cidade precisam se deslocar para os CAPS de Taguatinga (do qual representam 50% de toda a demanda) ou Samambaia, o que gera uma sobrecarga de atendimento nessas unidades. Atualmente, Ceilândia apenas possui um CAPS-ad, que presta atendimento a adultos com dependência de álcool e drogas. Outra sugestão apresentada foi a instalação de um CAPSi II, que prestaria atendimentos a crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes ou que fazem uso de drogas e álcool.
Elias Batista, membro da rede social e usuário dos serviços de saúde em Ceilândia, acredita que é necessário implantar um centro de convivência na cidade, que ofereça atividades terapêuticas e formação profissional. “Na Ceilândia, essa necessidade existe há muito tempo. Precisamos de mais um Caps e um atendimento mais digno e conjunto nos centros de saúde”, sugeriu.
Para o promotor de Justiça Irênio da Silva Moreira Filho, coordenador administrativo da Promotoria de Justiça de Ceilândia, os vínculos do Ministério Público com as redes sociais tornam possível o conhecimento dos problemas reais da comunidade e viabilizam a busca de soluções: “Em um encontro como esse, em que vários atores sociais participam, é importante conhecer a visão de cada um. Por outro lado, realizar o evento na Promotoria mostra que estamos abertos ao diálogo com os órgãos e entidades componentes da rede social”, completou.
Mais de 30 pessoas participaram do encontro, entres integrantes do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), da Regional de Ensino e da Secretaria de Saúde, além de professores, estudantes de Medicina e representantes de organizações não governamentais.
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