O seminário “Construção e reflexão sobre a atuação em rede nas situações de violência doméstica”, realizado em 27 de outubro pela Promotoria de Justiça de Taguatinga, em parceira com a Rede Social local, apresentou aos participantes conceitos de gênero, violência e fatores de risco e de proteção para quem sofre violência doméstica e a importância das instituições públicas atuarem em rede nessas situações. Participaram do evento representantes do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), do Tribunal de Justiça local (TJDF), do GDF, das polícias, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Regional de Saúde.
A promotora de Justiça Ana Carolina Marques, que atua na defesa da mulher em situação de violência doméstica e familiar de Taguatinga, reforçou que é fundamental a interdisciplinaridade entre os órgãos que trabalham com a temática. “Acredito na modificação da realidade por meio de uma intervenção adequada. Eu vejo uma melhora e as estatísticas mostram isso”, enfatizou. Ela lembrou que a Lei Maria da Penha foi fundamental para inibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
O sargento da PMDF Sérgio Alves apresentou o trabalho realizado pelo Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que atua em parceria com o MPDFT e o Creas. Ele falou também sobre a revitimização e como a polícia tem trabalhado para evitá-la. “Os resultados vêm mostrando que o nosso trabalho pode dar certo”, completou. Dianne de Souza, coordenadora do Creas em Taguatinga, reforçou que o primeiro passo é romper com o padrão de violência e o segundo é fazer um acompanhamento para não deixar que a violência se repita.
A assistente social Cristina Lara Brasil, do Setor de Análise Psicossocial de Taguatinga, apresentou dados sobre as situações de violência doméstica atendidas pelo setor de 2013 a 2015. Ela enfatizou que "conhecer o perfil das mulheres que sofrem violência doméstica contribui para a identificação de fatores de riscos que as tornam mais vulneráveis e torna possível a articulação de ações para prevenção".
Combate à corrupção – Durante o evento, também foram colhidas assinaturas para a campanha “10 medidas contra a corrupção”, iniciativa do Ministério Público brasileiro para aprimorar a prevenção e o combate à corrupção e à impunidade. As medidas buscam, entre outros resultados, evitar a ocorrência de corrupção, criminalizar o enriquecimento ilícito, aumentar penas da corrupção, agilizar o processo penal e o processo civil de crimes e atos de improbidade. Para saber mais, clique aqui.