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Evento na Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude discute adoção de Jovens.(Fotos:Geyzon Lenin)A Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude promoveu, nessa quinta-feira, o segundo debate em comemoração ao mês da adoção. Representantes do Conselho Tutelar, técnicos da Vara da Infância, Defensores Públicos, Psicólogos, estudantes e mães adotivas participaram da discussão sobre a preparação da criança para adoção.

A Promotora de Justiça Fabiana de Assis Pinheiro presidiu a mesa. Segundo ela, a intenção do debate é promover o diálogo sobre as dificuldade encontradas no processo de adoção. “Esse processo se mostra violento para todas as pessoas envolvidas, mas, principalmente, para a criança”, destacou a Promotora. Fabiana lembrou, ainda, que as crianças e adolescentes têm direito à informação e à saúde física e psíquica.

Evento na Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude discute adoção de Jovens.(Fotos:Geyzon Lenin).O Supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da Vara da Infância e da Juventude, Walter Gomes de Souza, afirmou que o debate é uma oportunidade de transformar a criança em uma protagonista: “Os abrigos tem a percepção de que a criança é incapaz, mas ela é sujeita de Direito. Então, como ela pode articular a voz?”.

Para Souza, é preciso que os abrigos façam dois trabalhos com as crianças durante o estágio de convivência: que se trabalhe a história de vida de cada uma, mostrando que é possível encontrar a felicidade com uma nova família; e que a criança não chegue a ver o abrigo como um lar definitivo.

O relato de que seis irmãos melhoraram o comportamento no abrigo e na escola depois de saber que poderiam ser adotados juntos foi feito por Diane Patrícia Brito, do Abrigo Reencontro  (Abrire). A psicóloga explicou o processo da passagem das crianças no abrigo. Segundo ela, as crianças sempre são informadas sobre a razão pela qual elas estão no local. Depois, os psicólogos responsáveis trabalham a desvinculação de afetividade em relação à família biológica.

“Isso é difícil porque algumas crianças têm uma vinculação muito forte com seus familiares biológicos. Eu vejo a adoção como algo que tem duas etapas: a etapa da morte, do luto, em que as crianças precisam se desvencilhar da família biológica; e a etapa da vida, quando elas percebem que existem outras pessoas que querem cuidar delas”, explicou a psicóloga.

Mariza Santana Mendes de Moraes, diretora da Sociedade Cristã Maria e Jesus – Nosso Lar, afirmou que o ideal é que todos os abrigos tivessem uma equipe de profissionais para acompanhar as crianças: “Nós precisamos ter a consciência de que elas estão ali para receber toda a assistência”.

Cássio Marcelo Batista Veludo, psicólogo da Polícia Federal, explicou que as crianças tem duas realidades distintas que precisam ser muito bem trabalhadas: a concreta e a psíquica. Na primeira, a criança tem dificuldade de conviver com o abandono, o abuso e a separação da família. Já na psíquica, é preciso que os profissionais saibam mostrar às crianças a realidade que elas vão viver com a nova família. “Muitas vezes, no abrigo, elas não tem limites de horário, por exemplo. E quando começam a viver com uma família, não aceitam as novas regras”.

Maria da Penha Oliveira da Silva, do Instituto Berço da Cidadania, fez uma explanação sobre a importância de se preparar psicologicamente todas as crianças que vão ser adotadas, mesmo os bebês. Para isso, ela disse que pequenos atos podem significar muito para os futuros adotados. “Por exemplo, fazer uma caixa com todos os documentos, fotos, registros escritos e boletins escolares.”

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