O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios foi surpreendido, na manhã dessa sexta-feira, 4 de maio, com a seguinte manchete do caderno Cidades do jornal Correio Braziliense: "MP garante ação contra médico". A matéria refere-se ao médico suspeito de ter cometido o crime de injúria racial, conforme noticiado na edição de 2 de maio do mesmo periódico.
A Promotora de Justiça Danielle Martins Silva, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação, na entrevista concedida à repórter Manoela Alcântara, em nenhum momento garantiu o oferecimento da Denúncia. A Promotora de Justiça sempre colocou no campo das hipóteses o oferecimento da Denúncia, e desde o início da entrevista, teve o cuidado de dizer que qualquer ação do MPDFT depende da análise das provas colhidas no Inquérito Policial, e que até mesmo novas diligências poderiam ser requisitadas para complementar as que estão sendo realizadas.
A Promotora de Justiça afirmou à repórter que, se existirem provas suficientes, certamente o Ministério Público trabalhará para que os fatos não permanecessem impunes, pois esta é a função da Instituição. No entanto, em nenhum momento da entrevista, a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do MPDFT afirmou que "quando recebermos o documento, vamos oferecer a denúncia. No que depender de nós, haverá uma ação formal contra ele [o médico]" como publicado.
O MPDFT já encaminhou nota ao Correio Braziliense para esclarecimento dos fatos e publica a presente nota para esclarecimento à sociedade.