Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Teatro Perdiz: solenidade no MPDFT oficializa doação do espaço cultural

Quatro anos após a reinauguração, família Perdiz torna-se oficialmente dona do espaço, na 710 Norte. O teatro deverá receber, pelo menos, 12 espetáculos artísticos por ano, como condição para o acordo.

Diante de representantes do Ministério Público, da classe artística do Distrito Federal e dos empresários responsáveis pela doação e construção das novas instalações do teatro Perdiz, a donatária e filha do fundador, Julia Perdiz, assinou a escritura e fez um discurso emocionado. O espaço cultural foi reinaugurado em 2015, na 710 Norte, após ser transferido da área irregular que ocupava há cerca de quatro décadas. A solenidade que oficializou a doação do lote foi realizada nesta segunda-feira, 3 de junho, na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Em 2002, com a ameça da Administração de Brasília de retirar José Perdiz do local ocupado irregularmente, a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) chamou todos os envolvidos para fazer a análise do espaço e da representatividade cultural existente. “Uma vez que se constatou a sua importância, buscamos uma solução amigável e chamamos os empresários e a Secretaria de Cultura. Foram muitas negociações e elaboração de projetos até a mudança definitiva para o novo endereço. Um documentário que conta a história do Teatro Perdiz ganhou o Festival de Brasília, em 2010, porque não existe outro espaço cultural no mundo que tenha sido construído dessa maneira”, relembra o promotor de Justiça Roberto Carlos Batista.

José Perdiz preferiu não discursar, deixou que a filha assumisse o papel protagonista. Julia falou brevemente e se emocionou ao agradecer a todos os presentes, em especial à classe artística que tanto lutou pela manutenção do teatro. E, claro, falou de seu pai e de sua persistência. Atualmente, ela cursa o segundo semestre de artes cênicas na Universidade de Brasília e já encenou quatro espetáculos. Sua estreia, em 2016, foi no teatro que leva o nome da família.

O subsecretário de Patrimônio, da Secretaria de Cultura do DF, Cristian Brayner, destacou que a solenidade era mais do que um ato normativo, mas um ato celebrativo. “É importante que os equipamentos culturais sejam tutelados e também recebam atenção especial da iniciativa privada, e temos aqui um exemplo desse reconhecimento. O desafio agora é garantir a agenda cultural no teatro Perdiz”. Como condição para a doação do espaço, o teatro deverá receber, pelo menos, 12 espetáculos artísticos por ano.

As empresas Ipê-Omni e Cidade Empreendimentos Imobiliários foram as responsáveis pela doação do novo terreno e construção das instalações. Além da oficina mecânica e do espaço cultural, o andar superior é a residência da família Perdiz. “Hoje fechamos um ciclo e nos sentimos honrados em colocar um teatro permanente na cidade, além de proporcionar uma moradia digna ao Perdiz, o que só foi possível com a atuação do Ministério Público, que trabalhou em defesa da legalidade e do patrimônio cultural”, falou César Péres, da Ipê-Omni.

O presidente do Conselho de Cultura do DF, Wellington Abreu, e o procurador distrital dos Direitos do Cidadão, José Eduardo Sabo, também discursaram na solenidade. Eles transmitiram o sentimento de alegria em saber que a cultura do DF permanece resistente e viva, apesar das dificuldades do setor.

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