Seu navegador nao suporta javascript, mas isso nao afetara sua navegacao nesta pagina MPDFT - Pró-vida escuta médicos e pacientes sobre atendimentos no Hospital do Paranoá

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Unidade possui índices relevantes de infecção hospitalar e não apresenta superlotação, mas a população reclama do tempo de espera para procedimentos 

Médicos e servidores da Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida) realizaram visita ao Hospital Regional do Paranoá (HRP), nesta quinta-feira, 16 de maio. Foram observadas as condições prediais, materiais e de manutenção, além do quadro de profissionais do hospital. A promotoria quer auxiliar na melhoria das condições de trabalho dos profissionais e, consequentemente, no atendimento oferecido à população.

Um dos motivos da visita foi o caso de um paciente que, após acidente, teve sua cirurgia ortopédica adiada por motivos de infecção hospitalar. A situação chegou ao conhecimento da Pró-vida que atuou para garantir o direito de Marcione Freitas de Almeida. Na tarde de ontem, a equipe do Ministério Público conversou com ele, seus familiares e também com outros pacientes na enfermaria ortopédica, que relataram o tratamento recebido.

Ações de controle à infecção hospitalar também estiveram no foco de interesse da promotoria. A médica responsável pelo Núcleo de Controle de Infecção (NCI), Cláudia Neto, enumerou os desafios da vigilância e relatou que, atualmente, estão sem frascos para cultura e diagnóstico. Também são problemas graves a falta de medicamentos e a necessidade de mais leitos para isolamento. O diretor do HRP, Leonardo Sousa Ramos, a médica Christiane Queiroz e a enfermeira Eliane Ferreira acompanharam toda a visita e passaram informações sobre o funcionamento da unidade.

Na obstetrícia, a equipe do hospital relatou mais limitações para o atendimento. Além da falta de médicos, a sala de parto é pequena e os leitos são separados apenas por cortinas, com uma entrada única. Acompanhantes do sexo masculino são muitas vezes orientados a não participar do parto, para não comprometer a privacidade das gestantes em atendimento. A unidade não possui sonar fetal, utilizado para escutar os batimentos cardíacos do bebê. A equipe de plantão precisa levar seus equipamentos próprios. O cardiotoco, que avalia a frequência cardíaca fetal, está sem papel há algumas semanas. “É uma situação crítica. Profissionais e pacientes ficam vulneráveis”, destacou o médico Rodrigo Fonseca, da Pró-vida.

Na avaliação da equipe do Ministério Público, comparado a outros hospitais da rede, o HRP está em situação melhor, mas há problemas sérios de falta de insumos e equipamentos, que dependem da gestão da Secretaria de Saúde. “Orientamos os médicos a formalizarem as demandas e enviarem ao Ministério Público, para que possamos atuar em parceria”, explicou o médico Márcio de Souza, que é assessor na promotoria. Ele relatou que, no Hospital Regional de Ceilândia, foi possível direcionar recursos de transação penal para compras e pintura de uma área da unidade. “Essa é uma forma legal de atender a algumas necessidades emergenciais na área de saúde, que é tão sensível”, destacou o médico.

A promotoria atua a partir de casos concretos de suspeitas de violação a pacientes e, a partir deles, mapeia possíveis atuações preventivas dentro de sua área de atribuições. Segundo a promotora de Justiça Alessandra Morato "o Ministério Público está atento às condições de trabalho difíceis dos profissionais da área da saúde no Distrito Federal e buscará atuar preventivamente, com parceria, para garantir um atendimento minimamente digno ao cidadão." 

Dentro da agenda para 2019, há o planejamento de visitas a outros hospitais e realização de ações de orientação voltadas aos profissionais da saúde, com temas relacionados ao dia a dia dos atendimentos, como o preenchimento adequado de prontuários e a melhoria da comunicação dos profissionais de saúde com os pacientes.

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